De Toyohashi (Japão)

Bons hábitos de higiene, como manter as mãos sempre limpas (com água e sabão ou álcool em gel de concentração de pelo menos 60%), cobrir a boca ao tossir e espirrar (com a dobra do cotovelo ou lenços descartáveis) e manter distância de no mínimo 2 metros de quem estiver tossindo e espirrando estão entre as principais recomendações das autoridades de saúde para se proteger do novo coronavírus.

Pré-pandemia, os japoneses já eram famosos por hábitos de higiene (e certa mania de limpeza), no dia a dia, dentro e fora de casa.

Após a declaração de pandemia da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2, muitos reforçaram cuidados no país, que registrou 1.953 casos (além dos 712 do navio Diamond Princess) e 56 mortes até 31 de março.

Há controvérsias, dúvidas e discussões sobre o status do surto no Japão –se o pior já passou ou está por vir, diante da alta de novos casos confirmados após o adiamento oficial da Olimpíada e o temor de um boom acelerado a partir de abril.

Também se discute o peso dos hábitos de higiene no controle de infecções: à imprensa internacional, infectologistas como Sachio Miura, da Universidade de Nagasaki, indicaram que os costumes têm ajudado a controlar a disseminação do vírus; outros especialistas, como Kentaro Iwata, da Universidade de Kobe, ponderaram que apenas a cultura não é resposta para compreender o diminuto número de casos de contágio no Japão.

“Baixo número de testes = baixo número de casos. Não é difícil de entender”, sintetiza um post no Facebook. “Máscaras, mãos limpas, banho todo dia e menos contato físico. Não é difícil de entender”, aposta outro, no Twitter.

Na dúvida, manter as mãos limpas não faz mal a ninguém. Eis cinco costumes nipônicos, antes e durante a pandemia:

1. Ojigi

“Ojigi” é a reverência japonesa, um gesto de gentileza, curvando-se para cumprimentar os outros. Feita em diferentes inclinações, vale para saudações como “oi”, “obrigada” e “bom dia”, além de pedidos de desculpas e demonstrar respeito. Aqui não são comuns cumprimentos com beijos, abraços ou aperto de mão. Diante das orientações para evitar contato físico, é uma alternativa interessante.

Entretanto, o distanciamento também tem episódios extremos. Conforme reportou o jornal The Japan Times, entrever alguém tossir se tornou motivo de olhares tortos, terror e até brigas –a tendência foi batizada de “corohara” na imprensa japonesa (“coronavirus harassment”, em inglês; algo como “coronassédio”, em português).

Jovens japonesas vestindo máscaras estilizadas (iMorpheus/Flickr/Creative Commons - 2007)Jovens japonesas vestindo máscaras estilizadas (iMorpheus/Flickr/Creative Commons – 2007)

2. Masuku

Desde o surto da Sars (em 2003) e da epidemia de H1N1 (em 2009), máscaras (“masuku”) se tornaram itens comuns no dia a dia dos japoneses. Além de proteger as vias nasais para amenizar alergias (como o “kafunsho”, a hipersensibilidade ao pólen, que atinge um quinto da população do país), a peça passou a ser usada independentemente das estações,

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