Vanderlei Luxemburgo foi quem deu a primeira chance a Fernando Diniz num time grande. Não como treinador. Logo depois de ser campeão paulista pelo histórico Palmeiras dos 102 gols, Luxemburgo contratou Diniz para o Brasileiro de 1996.
Fernando Diniz tinha jogado como atacante no Juventus e no Guarani, antes de ser contratado pelo Palmeiras.
“Trabalhei com Vanderlei em seu momento de ouro. Tudo o que ele fazia naquele tempo é atual hoje em dia”, diz o treinador do São Paulo.
O clássico da segunda rodada do Paulista opõe o Palmeiras, de Luxemburgo, ao São Paulo, de Fernando Diniz. Um treinador histórico, outro jovem, e ambos tentando afirmação. Por motivos diferentes, discutem-se os números de Fernando Diniz nos times grandes que dirigiu e os de Luxemburgo, depois de voltar do Real Madrid.
Luxemburgo é o recordista de troféus do Paulista (8) e do Brasileiro (5), em ambos empatado com Lula, bicampeão mundial pelo Santos de Pelé. Mas, depois do Real Madrid, não voltou a ganhar tÃtulos nacionais. Já são 15 anos.
O risco de rotular pessoas é que isso se espalha mais do que coronavÃrus. Chamar Luxemburgo de ultrapassado ou Fernando Diniz de Professor Pardal… Isso gruda. E não parece justo, porque os grandes trabalhos dependem do treinador, do elenco, da maneira como o clube se aparelha para dar benefÃcios e cobranças a seus jogadores.
Nos últimos dez anos, o futebol brasileiro viveu ondas. Marcelo Oliveira foi bicampeão brasileiro e não resistiu quatro anos em alto nÃvel. Na sua esteira, vieram os treinadores jovens, como Zé Ricardo, Jair Ventura e Fábio Carille. Cada um com seu valor, ascenderam e desceram, depois do sucesso de Felipão, campeão brasileiro de 2018, e de Jorge Jesus.
A sequência estrangeira vai depender de Dudamel, Coudet e Jesualdo Ferreira. No passado, também houve trocas de guarda, mudanças de geração, com traumas para os veteranos e dificuldade para os novatos. Campeão paulista pelo Bragan