De um lado pode-se dizer que o empate foi bom para os dois times e para os dois treinadores. Não haverá fofocas nem sentenças apressadas.
De outro lado, os palmeirenses têm por que reclamar das traves que atingiram duas vezes com Ramires e com Luiz Adriano.
Já os são-paulinos viram Tiago Volpi novamente muito bem, Everton de volta, e Arboleda pondo ponto final às bobagens ditas a seu respeito. A camisa dele é tricolor e não se fala mais nisso.
Felipe Melo foi bem em seu primeiro teste real como zagueiro, Weverton evitou um gol imperdÃvel de Daniel Alves, Ramires evoluiu a olhos vistos e Lucas Lima fez primeiro tempo primoroso, em tarde apagada do mais brilhante dos alviverdes, o ponta Dudu.
Reclamar do quê?
Com a Fonte Luminosa sob calor de chocar, ou fritar, ovo de avestruz, o clássico teve intensidade surpreendente para as condições climáticas e em começo de temporada.
Houvesse um vencedor, quem mais mereceu, sem dúvida, teria sido o Palmeiras, sob os olhos de apenas 15 mil torcedores no estádio em que cabem 25 mil.
Mas bola na trave não altera o placar, Volpi é pago para fazer o que fez e a chance mais clara de gol, entre tantas, esteve mesmo nos pés de Daniel Alves, o que minimiza a eventual injustiça, em jogo de boa arbitragem.
O melhor de tudo está na perspectiva aberta por ambos os times quanto ao futuro próximo em suas campanhas e, ainda mais auspicioso, para a qualidade do futebol proposto pelos dois treinadores.
Mesmo que friamente, se é que cabe a ideia na tórrida tarde araraquarense, por mais que Vanderlei Luxemburgo e Fernando Diniz pudessem ponderar sobre os benefÃcios do empate, os dois quiseram vencer do começo ao fim do Choque-Rei, como ficou claro em todas as seis substituições feitas, nenhuma seis por meia dúzia.
Além do mais, ver Hernanes, mesmo ainda distante do já mostrado, suportar tanto tempo ao driblar o sol para cada um em sua morada, p