Ainda parece estranho para o lateral esquerdo Wendell, 26, sair de casa já vestindo meiões e o uniforme quase completo do Bayer Leverkusen, time que defende desde 2014.

Essa é uma das novidades que compõem a rotina de jogadores desde o retorno dos treinamentos na Alemanha, há um mês, depois da paralisação do esporte por causa da pandemia de Covid-19.

Na primeira semana, os vestiários do clube ficavam fechados, e cada atleta levava a roupa que usou no treino para casa, relata o brasileiro à Folha.

A Alemanha foi o primeiro dos grandes centros do futebol na Europa a permitir um retorno gradual das atividades esportivas, mas sob rígido protocolo elaborado pelo governo e pela DFL (Liga Alemã de Futebol).

Tomar banho após os treinamentos, almoçar ao lado de colegas de equipe no refeitório do clube e qualquer tipo de contato físico entre jogadores ainda estão vetados.

Na chegada dos atletas ao CT, todos têm a temperatura medida e respondem a questionários médicos com até sete perguntas sobre possíveis sintomas e contatos com pessoas infectadas. Os trabalhos começaram em grupos reduzidos, que foram sendo ampliados com o tempo.

“Os cuidados são constantes e enormes. Fizemos testes e, inicialmente, treinamos em poucos grupos e horários diferentes. A entrada nos vestiários é restrita a um número de pessoas e funcionários”, afirma o atacante Matheus Cunha, 20.

Ele foi contratado em janeiro pelo Hertha Berlim por 20 milhões de euros (R$ 95 milhões à época) e chegou com destaque após boas atuações pela seleção brasileira no torneio pré-olímpico. Ainda mora em um hotel com a esposa e fez apenas quatro jogos pelo novo time antes da paralisação.

No clube, todas as áreas usadas no centro de treinamento passam por completa higienização. As agremiações têm buscado alternativas para driblar o distanciamento e estimular os jogadores. Trabalhos de finalização e partidas de futevôlei ganharam espaço, além do aprimoramento físico. Psicólogos acompanham constantemente os atletas.

“Houve muito respeito, organização e suporte no país para ajudar a todos. O respeito e a cultura do povo [alemão] foram fundamentais, mas é impossível não nos preocuparmos com os nossos no Brasil, é uma divisão de sentimentos”, diz Wendell sobre os diferentes cenários vividos pelos países no combate à pandemia.

A Alemanha superou a marca de 166 mil casos confirmados e 6.900 mortes. Já no Brasil, a Covid-19 infectou mais de 108 mil pessoas, ultrapassando 7.300 óbitos.

Atletas, membros da comissão técnica e funcionários dos 36 clubes das duas principais divisões da Bundesliga pas

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