Admitido como possibilidade pelo Comitê OlÃmpico Internacional (COI), no domingo (22), e pelo governo japonês, nesta segunda (23), o adiamento dos Jogos OlÃmpicos de Tóquio parece ser cada vez mais uma questão de quando ocorrerá.
Ainda que os interesses das principais partes envolvidas comecem a se encaminhar para a concordância com o fato de que não será possÃvel iniciar o evento em 24 de julho, está claro como a noção de tempo em que vivem atletas e entidades organizadoras é completamente diferente.
A quatro meses do evento, as grandes estrelas dos Jogos estão impedidas de se preparar adequadamente para o momento com o qual sonharam e pelo qual se dedicaram durante quatro anos.
Para elas, o ideal seria que o COI batesse o martelo o mais brevemente possÃvel, indicando com qual nova data deverão se reprogramar. Poderiam, assim, tirar um peso enorme do corpo e da mente, naturalmente vivendo num turbilhão de ansiedade em meio a tantas indefinições.
Nesse cenário, as quatro semanas prometidas pelo comitê para a tomada de decisão soam como eternidade. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu celeridade ao COI nesta segunda para “trazer clareza a todos os envolvidos”.
Caso alguém já tenha ser perdido na noção de tempo e queira dimensionar quanto são quatro semanas, basta lembrar que no dia 23 de fevereiro a Itália registrava menos de 200 casos e três mortes por coronavÃrus.
Já pela ótica do comitê, que precisará mover uma estrutura gigantesca como os Jogos OlÃmpicos, com 11 mil atletas de 206 nações, cerca de um mês para se debruçar sobre toda a logÃstica que envolve a mudança (direitos de transmissão, calendário das modalidades, hospedagem, passagens aéreas, para ficar apenas em alguns exemplos) se mostra um prazo razoável.
Ainda assim, fica o questionamento de por que esses cenários não começaram a ser traçados há dez dias, quando os principais eventos esportivos em todo o mundo começaram a parar.
Cada vez mais pressionado por atletas e importantes comitês olÃmpicos nacionai