Mesmo os maiores boxeadores nem sempre sabem quando é hora de pendurar as luvas.

O anúncio, semana passada, de que Mike Tyson, 54, aposentado há 15 anos, lutaria contra Roy Jones Jr. (51, inativo há dois anos), em setembro, fez recordar outros imortais do pugilismo que voltaram aos ringues uma vez mais (ou até duas, ou três) quando não deveriam, adicionando capítulos esquecíveis a carreiras estelares.

Muhammad Ali

Quando a história de Ali é contada, o último ato costuma ser sua derrota diante de Leon Spinks e sua reconquista posterior do título mundial de pesos pesados, pela terceira vez.

Mas esse não foi o fim, para o maior de todos os boxeadores. Depois de uma breve aposentadoria, ele voltou no final de 1980 para encarar o novo campeão, Larry Holmes. Ali foi superado com facilidade, e a luta foi interrompida no 11º assalto a pedido de seu treinador. “Ele não conseguia lutar. Não conseguia dançar no ringue. Não conseguia dar um soco”, escreveu Dave Anderson sobre o combate no The New York Times.

Mas aquela não foi sua última tentativa de retomar o título. Ele retornou ao ringue mais uma vez, um ano mais tarde, aos 39 anos. Seu adversário, Trevor Berbick, venceu nos pontos por decisão unânime. A maioria dos observadores considerou Ali vitorioso em no máximo um dos assaltos. “Não há como derrotar o tempo”, disse o pugilista depois da luta.

Sugar Ray Leonard

Dezenas de grandes vitórias, títulos mundiais em cinco categorias diferentes, uma vitória culminante sobre Roberto Durán –Sugar Ray Leonard tinha conquistado tudo que é possível conquistar no mundo do boxe, quando a década de 1980 chegou ao fim. Mas ele não via sua carreira como encerrada.

Em 1991, voltou ao ringue contra Trevor Norris, que tinha 23 anos na época, e foi uma luta que ele não deveria ter disputado. O resultado foi uma derrota por pontos, em decisão unânime. “Norris era simplesmente demais para Leonard aos 34 anos, forte demais e rápido demais”, escreveu o comentarista do The New York Times. Leonard anunciou sua aposentadoria imediatamente depois da luta.

Mesmo assim, seis anos mais tarde ele decidiu voltar aos ringues, aos 40 anos, para enfrentar Hector Camacho, 34. O combate terminou com a terceira derrota na carreira de Leonard, e a primeira por nocaute. “Ele não tinha mais jogo de pernas”, escreveu o comentarista do The New York Times. “Seus jabs não eram efetivos e não tinham peso. Ele errou feio muitos dos seus golpes de direita. E quando Camacho começou a pressionar, Leonard não demorou a ceder sem oferecer grande resistência.”

Sugar Ray Robinson

O outro Sugar Roy do boxe é muitas vezes descrito como o melhor pugilista a já ter pisado no ringue, em qualquer categoria de peso. Mas o final de sua carreira foi igualmente melancólico.

Robinson ainda detinha um título mundial, o último de sua carreira,

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