Eduardo Coudet, 45, é uma unanimidade. Não pelo seu trabalho como treinador, passível de discordâncias entre torcedores e atletas dirigidos por ele, mas por duas características sempre ressaltadas de sua personalidade.

Chacho, como o argentino é conhecido, Ã© um apaixonado por futebol. E também completamente louco.

Coudet comanda nesta terça-feira (4) o Internacional na estreia da equipe gaúcha na Copa Libertadores, contra a Universidad de Chile, às 18h, em Santiago (Fox Sports transmite), pela segunda fase eliminatória do torneio continental.

Pôr o Inter na fase de grupos da competição certamente o ajudará a ganhar o carinho do torcedor colorado, da mesma forma que ele conquistou, como jogador e técnico, o apreço de diferentes torcidas na Argentina.

​Chacho, apelido que ganhou de um amigo na infância que gostava de Chacho Cabrera, um ex-atleta do Vélez Sarsfield, começou sua carreira nas categorias de base do Platense.

Por causa do comportamento difícil na escola, seus pais decidiram mandá-lo para um psicólogo que, segundo o próprio Coudet, ficou sempre esperando. Isso porque seu consultório era muito próximo do Platense, para onde o garoto fugia em busca de bater uma bola. Foi fugindo de uma consulta que ele fez um teste e conseguiu entrar no clube.

“Era incrível a personalidade que ele já tinha de jovem. Um dos meus colaboradores me falou de um garoto muito atrevido na base. Nós o chamamos, ele começou a treinar com o time principal e, num jogo contra o Boca de [César Luis] Menotti, estreou”, conta à Folha Ricardo Rezza, o técnico que deu a Coudet sua primeira chance no futebol profissional.

O atrevimento não era mostrado apenas dentro de campo. Certa vez, o atleta decidiu sair dirigindo o ônibus do clube e, após não conseguir fazer uma curva em uma rua apertada próxima ao estádio, desceu do veículo e o deixou estacionado no meio da via.

“Gostava de travessuras”, diz dando risada o ex-treinador Rezza. “Em algum momento, tive que lhe dizer ‘cuidado', para não exagerar. Depois ele foi se controlando.”

Volante pela direita, o jogador, na época com cabelos longos, se transferiu ao Rosario Central, onde caiu nas graças dos torcedores. Aguerrido, mas também técnico, desenvolveu uma relação de amor com o clube. E uma de ódio com o Newell's, maior rival do Central.

“Um torcedor do Newell's a menos no mundo”, disse Chacho, em entrevista à Revista El Gráfico, quando questionado sobre aceitar na família um genro torcedor do adversário.

Campeão da Copa Conmebol no Central, ele passou ainda pelo San Lorenzo, onde também conquistou a torcida, antes de seu grande salto na carreira, no River Plate.

Na infância, por influência do pai, que era dentista do Boca Juniors, frequentou a Bombonera em jogos do time na década de 1980. Mas foi no Monumental de Nuñez que Coudet encontrou o seu lugar no futebol.

Na equipe de Buenos Aires,

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