Com a volta da temporada da NBA nesta quinta-feira (30), o brasileiro Felipe Eichenberger, 35, tem duas preocupações. O preparador físico trabalha para deixar os atletas do Denver Nuggets na melhor forma para brigar pelo título e tenta manter a sanidade, longe da família, trancado no que se convencionou chamar de “bolha” da liga norte-americana de basquete.

Interrompida em março pela pandemia do novo coronavírus, a temporada será retomada em um campus controlado, no complexo da Disney, em Orlando. Os atletas estão concentrados, dividindo áreas de treinamento e hotéis, um ambiente que fez Eichenberger recordar a época em que ainda sonhava ser jogador profissional.

“É como se fossem jogos regionais, os Jogos Abertos que disputei quando atleta”, disse à Folha o paulista de Ribeirão Preto, que atuou em sua cidade, em Santo André e em São José dos Campos antes de tentar a sorte nos Estados Unidos –onde fez o possível para chegar à NBA, ainda que não na função imaginada originalmente.

Nos tradicionais Jogos Abertos do Interior, disputados anualmente em um rodízio de cidades paulistas e com muito menos luxo, há um clima de camaradagem entre os esportistas fora das competições. Agora, em Orlando, os profissionais envolvidos no retorno do basquete experimentam algo semelhante, passando mais tempo com colegas e adversários.

“É diferente, né? Ninguém na NBA passou por isso. Todos os times estão em um mesmo lugar, só no nosso hotel são seis times. Você vê os jogadores e treinadores todo dia. É interessante ver o pessoal tentando se adaptar a isso, eles não estão habituados”, afirmou o preparador.

Entre bate-papos em áreas comuns, brincadeiras no fliperama e jogos de pingue-pongue, todos procuram lidar da melhor maneira possível com a situação atípica. No caso de Eichenberger, como ocorre com muitos outros, a maior dificuldade é a distância da família, problema apenas levemente minimizado na comunicação a distância.

“Sempre ligo para os meus filhos. Tenho crianças de cinco, três e um ano. É difícil para os mais novos entenderem. A minha menina de cinco sempre me liga, nós nos falamos sempre. Já faz mais de duas semanas que estamos aqui, e é uma adaptação para eles também. Geralmente, eu saio, viajo para outras cidades, mas volto. Agora, eles perguntam: ‘O papai não volta?’”, contou.

Enquanto não volta, ele vai se acostumando com a testagem diária para a C

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