Érika Andrade, 35, passou 17 anos sem disputar qualquer competição de jiu-jítsu. Ela havia praticado o esporte na adolescência, mas o abandonou para ficar apenas com o judô, modalidade que a permitia ganhar dinheiro como atleta de prefeituras em competições regionais.

No ano passado, ela decidiu voltar. O primeiro torneio foi o Campeonato Paulista, em que ficou com a medalha de ouro. Depois veio o Sul-Americano, também vencido. A maior conquista veio em Lisboa: o título europeu. Apesar da denominação, a competição é aberta para competidores de qualquer continente.

“Todos os campeonatos de que participava, ganhava”, resume Ã‰rika, que mora em São Vicente, litoral de São Paulo, onde trabalha como personal trainer e professora de educação física.

Participar e vencer as competições lhe custam não apenas desgaste físico, mas também emocional. Cada vez que quer tomar parte em uma delas, a atleta tem de montar uma operação financeira considerável. Sua principal atividade para arrecadar fundos é vender marmitas.

“Eu ia nos treinos com potinhos de marmitas saudáveis que a nutricionista passava. Os meus alunos achavam bonitas. Foi quando tive a ideia de começar a prepará-las e vendê-las para financiar as viagens. É sazonal. Depende dos pedidos”, afirma. Ela aumenta a produção quando os torneios e as viagens se aproximam.

Os títulos dos torneios não lhe dão qualquer recompensa financeira. Érika participa deles apenas pela glória. Esse é outro motivo para que ela, ao ganhar suplementos alimentares, creatinas e proteínas, não consuma tudo. Guarda uma parte e, quando junta quantidade razoável, monta embalagem e faz uma rifa. Cada número é vendido por R$ 5 ou R$ 10.

“Não é só isso. Lanço vaquinhas virtuais, peço depósitos na minha conta. Q

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