O deputado federal Júlio César Ribeiro (PRB-DF), presidente da Frente Parlamentar Mista do Esporte, ouviu do relator do projeto do clube-empresa, Pedro Paulo (DEM-RJ), que a partir da próxima semana haverá um esforço para aprovar a mudança da legislação no Senado.
Não é bem assim.
O texto de Pedro Paulo já foi aprovado na Câmara e, aparentemente, pode haver uma convergência, para que se juntem as melhores coisas dos dois projetos, o de Pedro Paulo e o da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), apresentado pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Pedro Paulo não julga plausÃvel apressar o processo agora, enquanto o paÃs tem outras prioridades. âTudo o que estamos fazendo nas sessões virtuais é diretamente ligado à Covid-19â, diz.
Faz sentido. Mas é preciso lembrar que o futebol só não é mais relevante economicamente porque o Estado jamais prestou atenção a esse setor da economia como deveria.
Com otimismo, Pedro Paulo julga que, quando o pico da do coronavÃrus passar, quem sabe daqui a um mês, será possÃvel fortalecer as conversas para aprovar a nova legislação do clube-empresa. Há sempre um grande dificultador para isso: os times grandes.
Como você já leu aqui, os dirigentes que dominam a polÃtica mesquinha dos conselhos deliberativos não querem nem ouvir falar nisso. Mas aguardam ansiosamente por linhas de crédito, dinheiro capaz de diminuir a aflição.
No inÃcio da crise, parecia possÃvel atrelar o acesso ao dinheiro à transformação em empresa, depois da aprovação da nova legislação. Isso não vai acontecer. Nem o deputado Pedro Paulo, nem o senador Rodrigo Pacheco, nem os especialistas Rodrigo Monteiro de Castro e José Francisco Manssur, nenhum desses agentes julga correto fazer a chantagem.
Ou alguns optariam por virar empresa sem estarem preparados. O tiro poderia sair pela culatra.
Então, haverá duas frentes distintas. O plano de socorro ao futebol, assim como às empresas, vai acontecer com estudos da Caixa Econômic