Muitos atletas e figuras do mundo do esporte divulgaram declarações na mídia social nas quais criticam a polícia pela morte de George Floyd e por outras ações violentas contra os negros nos Estados Unidos.

Mas diversos jogadores da NBA foram além. Deixaram de ser espectadores e aderiram aos grandes protestos que se espalharam pelo país, o que se alinha a uma imagem que a NBA sempre fez questão de cultivar sobre si mesma nos últimos anos: a de uma liga esportiva dotada de consciência social, que luta contra a injustiça há décadas, desde a era de Bill Russell.

Isso acarreta um risco para os jogadores. Alguns dos protestos se tornaram violentos, e muitos manifestantes não estão usando máscaras ou mantendo o distanciamento social adotado como precaução durante a pandemia do coronavírus.

Mas muito poucas questões despertam indignação tão grande entre as figuras da NBA e do mundo do basquete quanto a brutalidade policial que resulta em morte de cidadãos negros, uma questão que afetou muitas comunidades negras nos Estados Unidos e sobre a qual os astros da NBA, que jogam em uma liga na qual a maioria dos atletas é negra, não hesitam em se pronunciar há anos.

Jaylen Brown, 23, um astro em ascensão no Boston Celtics, disse que teve de viajar 15 horas de carro, de Boston a Atlanta, para participar dos protestos.

Brown, que estudou na Geórgia no segundo grau, convidou outros atletas a se unirem a ele no final de semana, postando uma mensagem no Twitter na qual dizia: “Atlanta, não se encontre comigo lá: chegue primeiro que eu lá, vamos marchar, traga seu cartaz”. Ele acrescentou, no Instagram, que “antes e acima de tudo, sou um homem negro e membro desta comunidade… Estamos conscientizando as pessoas sobre algumas das injustiças que testemunhamos”.

Malcolm Brogdon, 27, armador do Indiana Pacers, também participou de manifestações em Atlanta neste final de semana.

“Tive um avô que marchou com o Dr. [Martin Luther] King na década de 1960, e ele era maravilhoso”, disse Brogdon para os manifestantes por um megafone. “Ele teria orgulho de nos ver todos aqui”.

E Enes Kanter, pivô turco dos Celtics conhecido por não hesitar em expressar opiniões políticas, acordou no sábado na casa de seu empresário em Chicago –onde ele se hospeda nas férias de verão– e viajou 20 horas de carro para participar de um protesto em Boston.

Kanter, usando o uniforme de seu time, apareceu em meio a multidões de manifestantes do movimento Black Lives Matter no parque Boston Common, gritando a palavra de ordem “não consigo respirar”. Seu colega de time, Marcus Smart, participava do protesto nas imediações.

“Foi uma viagem insana”, disse Kanter na segunda-feira. “Foi horrível. Fiquei com dor nas costas. Com dor nos ombros. Mas, quer saber? Os resultados foram algo de bom, e por isso valeu a pena ir.”

O ativismo da liga vem sendo seletivo,

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