Boa parte dos brasileiros precisou mudar sua rotina por causa da pandemia do coronavÃrus, que já atingiu centenas de pessoas por aà e fez suas primeiras vÃtimas. Claro que cada um faz sua parte como pode âou como deixam, já que há muitas empresas e patrões que não permitiram o home office. à na hora que um vÃrus assim toma conta que as disparidades sociais e econômicas se escancaram.
As principais recomendações de prevenção à Covid-19 não são aplicáveis à boa parte da população que mora em comunidades ou lugares sem saneamento básico: lavar as mãos, usar álcool em gel e ficar em casa é privilégio de poucos no contexto brasileiro.
O esporte, em especial o futebol, também reserva suas diferenças marcantes em tempos de pandemia. Com quase todos os campeonatos suspensos e clubes sem atividades por tempo indeterminado, restou aos jogadores e jogadoras se adaptarem a uma nova rotina dentro de casa. E aà cada um acaba tendo que se virar como pode.
Alexandre Pato, atacante do São Paulo, artilheiro do time em 2020. Nas suas primeiras postagens nas redes sociais nessa nova realidade, o jogador aparece correndo na esteira na sala de casa, com uma piscina ao fundo. Glaucia Santiago, atacante do São Paulo, artilheira em 2019 e 2020. No seu Instagram, ela aparece nos stories fazendo agachamento com uma barra na varanda e um treino de corrida e resistência na ladeira de sua casa.
A realidade financeira do futebol feminino não é comparável à do futebol masculino hoje. Um surgiu há mais de cem anos, o outro lutou contra uma proibição por décadas. São contextos completamente distintos, de um negócio que já se estabeleceu no mercado e outro que busca seu espaço. Mesmo assim, a disparidade existente entre dois craques do mesmo time ainda choca.
Glaucia conta que, ao saber da suspensão das atividades no clube, buscou equipar sua casa para ter condições de manter alguma rotina de exercÃcios: “Fui comp