Na China, as autoridades que estão lutando para conter a difusão do coronavírus postergaram por meses o início da temporada de futebol, e pelo menos um time de primeira divisão está isolado há semanas no Oriente Médio, impedido de retornar de sua pré-temporada.

Na Coreia do Sul, torcedores que assistiram a jogos este mês foram examinados em busca de febre antes de serem admitidos aos estádios, e as máscaras se tornaram comuns nas arquibancadas japonesas, nas últimas semanas – até que, na terça-feira, as autoridades anunciaram que os jogos da liga japonesa ficariam suspensos até pelo menos a metade de março.

Mas os efeitos do coronavírus sobre o calendário do futebol mundial também cruzaram fronteiras. A confederação asiática de futebol anunciou três semanas atrás que as partidas de seu principal campeonato interclubes que envolvessem times chineses seriam adiadas por meses, e o Vietnã proibiu a realização de eventos esportivos de qualquer espécie este mês, o que forçou o adiamento de ainda mais jogos.

Agora os problemas chegaram à Europa. Na Itália, onde o número de casos confirmados de coronavírus estava chegando aos 300 na terça-feira, pelo menos uma partida – o jogo de volta das oitavas de final da Europa League, entre a   Inter de Milão e o Ludogorets, da Bulgária – será jogada com portões fechados, na quinta-feira, já que as autoridades continuam a restringir os eventos públicos na parte norte da Lombardia.

A decisão de jogar a partida sem espectadores, anunciada na terça-feira, surgiu depois que as autoridades italianas adiaram quatro partidas da Série A no final de semana passado.

A Inter de Milão, um dos principais candidatos ao título do campeonato italiano, disse que a decisão resultou de diversos dias de negociações com as autoridades de saúde da Lombardia e com a Uefa, a organização que comanda o futebol europeu, sobre como realizar o jogo, que não podia ser cancelado por falta de datas alternativas.

Acredita-se que o jogo contra o Ludogorets seja o primeiro que terá de ser jogado sem espectadores por conta de uma crise de saúde, na Europa. Usualmente, condições como essas são impostas aos clubes como punição por violência dos fãs ou episódios racistas.

A Inter, controlada por uma companhia chinesa, já vinha tomando medidas a fim de minimizar os riscos do vírus para seu pessoal. Os trabalhadores não essenciais foram instruídos a trabalhar de casa, e o clube adquiriu estoques de máscaras de proteção e de detergente para mãos, para manter em sua sede. ​

A decisão de manter a partida da quinta-feira no grande estádio Giuseppe Meazza de Milão, foi confirmada na terça-feira. O time terá um jogo ainda mais importante no domingo, em uma visita à líder do campeonato italiano, Juventus, em seu estádio em Turim. A Inter foi um dos clubes italianos que tiveram jogos adiados no campeonato da Série A no final de semana passado.

Outros países europeus estão contemplando possibilidades semelhantes,

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