Existe um conceito moderno de que um jogador deve ocupar posições diferentes e executar mais de uma função em campo. à preciso separar os que são escalados, desde o inÃcio do jogo, em outras posições, dos que, em determinados momentos da partida, executam ações fora das habituais. Os treinadores têm grande importância nessas variações de posicionamento e nas orientações aos atletas.
à importante ocupar outras posições e fazer funções diferentes, mas penso que, para um atleta evoluir e brilhar intensamente na carreira, necessita encontrar seu lugar, sua referência em campo, e o jeito de fazer melhor, com mais prazer.
Isso ocorre em todas as profissões. O momento marcante do filme sobre a vida de Charles Chaplin é quando ele, no inÃcio de carreira, entra no camarim da indústria de cinema em que trabalhava e fica alucinado ao ver tantas peças de roupa. Pega várias delas, experimenta algumas, e surge o Carlitos, o personagem inesquecÃvel que encantou o mundo.
Cristiano Ronaldo só se tornou um excepcional artilheiro quando o técnico Ancelotti, no Real Madrid, o tirou da ponta, onde atuava com enorme eficiência, e o colocou pelo centro, perto do gol e do centroavante Benzema.
Messi, no inÃcio de carreira, jogava aberto, como um ponta, com funções também defensivas. Quando passou a atuar em todo o ataque, especialmente da meia direita para o centro, após um perÃodo como centroavante, se tornou o craque que é.
Quando o técnico holandês Van Gaal dirigiu o Barcelona, tirou Rivaldo do meio para escalá-lo de ponta esquerda, com a justificativa de que Rivaldo era o melhor cruzador do mundo. Era pouco para ele. Quando a jogada começava pela direita, Rivaldo ia para o centro, contra a vontade do técnico, recebia a bola e definia a partida, geralmente, com a precisa finalização.
Alguns grandes craques descobrem, desde o inÃcio da carreira, seu lugar, como Pelé, Zico e outros pontas de lança, que jogavam da intermediá