Campeã do mais recente Australian Open, Naomi Osaka iniciou sua temporada alguns dias atrás, mas foi comedida ao falar de seus objetivos para o resto do ano.

“Acho que o objetivo é tentar o meu melhor em todas as partidas que jogar”, disse Osaka. “Porque para mim, quando sinto que fiz isso, de alguma forma termino vencendo a partida.” Ela reparou no que tinha acabado de dizer e seus olhos se arregalaram. “Oh, isso soou muito arrogante”, ela disse, claramente embaraçada.

Osaka havia acabado de declarar publicamente o que sua raquete já havia deixado claro nos dois últimos anos. Sob seu jeito contido, ela tem uma grande autoconfiança que já a ajudou a conquistar dois títulos de Grand Slam. Em público, ela costuma falar manso, mas tem uma vontade férrea e é muito determinada.

Osaka, 22, mostrou essa força interior de maneira inconfundível na final do US Open que disputou contra Serena Williams, em 2018, fechando o jogo e conquistando o título enquanto Williams entrava em discussões ferozes com o árbitro sobre penalidades e a torcida vaiava o que entendeu como tratamento injusto à ganhadora de 23 torneios de Grand Slam.

Ela seguiu essa vitória com um título no Australian Open do ano passado. Agora, como cabeça de chave número três, Osaka derrotou Zheng Saisai, a 42ª colocada no ranking da WTA, por 6-2, 6-4, em uma partida de segunda rodada, e na rodada seguinte vai encarar Coco Gauff, 15, um novo fenômeno do tênis.

A primeira tentativa de Osaka de defender um título de Grand Slam acabou na quarta rodada do US Open no ano passado, quando ela perdeu para Belinda Bencic, adversária que já a tinha derrotado duas vezes em 2019.

“Há momentos em que aceito derrotas sem questionar”, disse Osaka nesta semana. “Depois da partida, eu fiquei com muita raiva de mim mesma, porque, quando criança, eu costumava sonhar com a oportunidade de lutar para chegar a uma final e vencê-la. Por isso, para mim, achar normal uma derrota na quarta rodada é meio patético.”

Foi depois da derrota para Bencic que Osaka decidiu que lutaria por todos os pontos. Ela chegou ao Australian Open com um histórico de 14 vitórias e uma derrota desde então, conquistando títulos em Pequim e em sua cidade natal, Osaka, no Japão, no final do ano passado.

A única derrota que ela sofreu depois do US Open aconteceu contra Karolina Pliskova, a segunda colocada do ranking, nas semifinais do torneio de Brisbane no começo do mês, em uma partida que Pliskova venceu em três sets depois de evitar um match point.

Na quadra, a tenista japonesa vem prosperando ao fazer de um de seus pontos fracos uma força. Uma lesão no ombro a forçou a deixar de lado os torneios de final do ano em Shenzhen, China, mas desde então ela vem fazendo mais “aces” do que costuma, maximizando seu saque para aproveitar ao máximo cada uso de seu ombro.

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