Bicampeã olímpica com a seleção brasileira de vôlei em 2008 e 2012, a ex-líbero Fabi Alvim, 40 comemora neste domingo (10) seu primeiro Dia das Mães.

Em 2 de julho de 2019, Julia Silva, gerente de seleções da Confederação Brasileira de Voleibol e mulher da ex-atleta, deu à luz Maria Luiza, primeira filha do casal.

Considerada por muitos a melhor líbero da história do vôlei feminino, Fabi se aposentou das quadras em 2018 e atualmente é comentarista do Grupo Globo.

Com o cancelamento das temporadas da Superliga masculina e feminina e a ausência de calendário internacional no esporte, ela passou a fazer lives (transmissões ao vivo) nas redes sociais do SporTV, principalmente ao lado de suas ex-colegas de seleção brasileira.

Em depoimento à Folha, Fabi conta como tem vivido essa quarentena em meio a temores, conquistas e reflexões sobre o esporte e a maternidade.

Eu fiquei muito assustada com tudo isso que está acontecendo. No início tentava manter certa rotina, achando que o trabalho pudesse voltar, procurava saber como estavam as atletas, os clubes. Aí vimos a Superliga se encerrando e fui percebendo que teria que criar uma outra rotina.

Há praticamente dois meses que não saio de casa. Estar com a Maria e a minha mulher dá um certo conforto neste momento, mas tenho vivido uma mistura de sentimentos. É um misto de medo e tentar se manter tranquila que gera muita reflexão sobre a vida.

Eu e minha mulher estávamos juntas nos segundos em que a nossa filha deu os primeiros passinhos. Não sabemos se estaríamos vivendo isso numa rotina de trabalho normal. Ficamos emocionadas por estarmos juntas também quando ela balbucia suas primeiras sílabas. Podem parecer pequenas coisas, mas para a gente se torna algo muito importante. Tudo está à flor da pele.

A decisão de formar uma família por si só já é enorme, e agora que vai chegando o Dia das Mães converso muito com minha mulher sobre isso. Sabemos que é uma data comercial e tento fugir dessa parte, mas para nós é muito importante reafirmar nossa condição de família, principalmente agora, com a Maria entre nós. Por outro lado, não vamos poder estar com as nossas mães.

A Maria tinha dificuldade com horários e para dormir à noite, mas agora que conseguimos regularizar o sono dela eu tenho conseguido ler bastante.

Não sei se é um defeito, mas por eu ser hiperativa leio dois ou três livros ao mesmo tempo. Recentemente terminei “Escravidão”, do Laurentino Gomes, e agora estou acabando “Em Nome dos Pais”, do Matheus Leitão, e “Prisioneiras”, do Drauzio Varella. Também gosto dos livros do Leonardo Padura e quero começar “O Romance de Minha Vida”.

Estou numa fase de ler muito sobre história, tentando entender de forma mais profunda a ditadura, e também sobre feminismo, um tema não só atual mas também necessário.

Eu já lia bastante quando ainda jogava,

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