Pelé e Garrincha jogaram juntos sete vezes em Copa do Mundo e venceram seis. Só empataram por 0 a 0 contra a Tchecoslováquia, a segunda atuação da campanha do bi, em 1962, em que Pelé teve distensão na virilha aos 25 minutos de jogo.

Com os dois juntos por noventa minutos, em Copas, o Brasil ganhou sempre. Impossível desconsiderar essa informação, quando se pensa em fazer o ranking das melhores seleções brasileiras.

A primeira atuação da dupla mítica aconteceu no terceiro jogo de 1958, em Gotemburgo. Nos primeiros três minutos: Garrincha chutou na trave; Pelé recebeu de Mané e acertou o poste; e Didi ofereceu a Vavá o primeiro gol do Brasil.

Encantado, o jornalista Gabriel Hanot escreveu na revista France Football que foram os três minutos mais incríveis da história. A partida terminou com vitória do Brasil sobre a União Soviética por 2 a 0.

No jogo seguinte, Pelé encobriu o zagueiro Mel Charles e finalizou contra o goleiro Kelsey, na vitória por 1 a 0 sobre o País de Gales. Vieram as vitórias na semifinal contra a França —três gols de Pelé— e na finalíssima com a Suécia —mais dois do camisa 10.

Pela seleção, entre 1957 e 1966, Pelé e Garrincha disputaram juntos 40 partidas, venceram 36 e empataram quatro. Sem contar confrontos contra clubes e seleções regionais. Ter Pelé e Garrincha é sempre um argumento para pensar no time de 1958 como o melhor da história.

Mas o tri, em 1970 —a campanha está sendo reprisada pelo SporTV nesta semana e a final contra Itália será exibida às 18h de domingo— tem um advogado forte: “A melhor seleção de todas foi a do México”, diz Zagallo.

Ponta-esquerda do primeiro título e do bi, Zagallo assumiu como treinador em 22 de março, 73 dias antes da abertura da Copa do México. Sua primeira escalação teve Leão, Carlos Alberto, Brito, Djalma Dias e Marco Antônio; Clodoaldo, Gérson e Paulo Cézar; Jairzinho, Roberto Miranda e Pelé. Metade do time diferente do que seria campeão em 21 de junho.

Em 111 dias de treinos, Zagallo mudou o sistema tático de João Saldanha, do 4-4-2 para o 4-3-3, mexeu em seus próprios conceitos e aceitou escalar Tostão, perdeu o ponta-direita Rogério por lesão, decidiu improvisar Piazza como zagueiro e, por último, capitulou às observações dos mais experientes e aceitou trocar Marco Antônio por Everaldo.

O time consagrado do tri, com Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson e Rivellino; Jairzinho, Tostão e Pelé só estreou em Guadalajara, contra a Tchecoslováquia, e só atuou junto em três das seis partidas do Mundial. Mais o amistoso contra o México, depois da taça, foram quatro atuações dos onze juntos.

A seleção de 1970 foi eleita pela revista World Soccer, em 2007, a melhor de todos os tempos: “A equipe brasileira que venceu com tanto estilo se tornou um mito, uma equipe para ser considerada como o representante máximo do jogo bonito”,

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