Poucos esportes têm mostrado bastidores tão efervescentes durante a paralisação causada pela pandemia de Covid-19 quanto o tênis.

Não apenas pelas transmissões ao vivo nas redes sociais que reuniram os principais nomes do circuito masculino —Andy Murray conversou com Novak Djokovic, o sérvio bateu papo com Stan Wawrinka e Rafael Nadal convidou Roger Federer e Murray para sua live—, mas também com movimentações que terão impacto enquanto os torneios estiverem suspensos e também na sua retomada.

Há dois movimentos principais em andamento. Um deles, mais sólido, é a criação de um fundo para dar assistência a jogadores que ocupam posições inferiores no ranking, estão longe de acumular fortunas e precisam de socorro financeiro para não abandonarem suas carreiras.

Desde o início de março, nenhum torneio profissional de tênis foi disputado no mundo. Os circuitos estão oficialmente suspensos até o meio de julho, e o torneio de Wimbledon precisou ser cancelado pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Na terça-feira (21), os líderes das entidades que comandam o esporte anunciaram que, após semanas de negociação, o fundo se tornará realidade.

Serão anunciados em breve os detalhes sobre sua composição, mas a expectativa é que ele reúna mais de US$ 6 milhões (R$ 32,8 milhões) a partir de contribuições dos quatro torneios do Grand Slam (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open), além de ATP e WTA, entidades que gerem os circuitos masculino e feminino, respectivamente.

Também são esperadas contribuições voluntárias de atletas que estão entre os primeiros colocados do ranking, após uma proposta com faixas determinadas de doações dependendo da posição não prosperar. Ela havia sido apresentada pessoalmente por Djokovic, presidente do conselho de jogadores da ATP e um dos líderes da articulação.

Devem se beneficiar das verbas do fundo atletas que estão entre as posições 250 e 700 do ranking, exceção feita àqueles que já ganharam um volume mais alto de premiação ao longo da carreira e perderam posições por serem veteranos ou terem sofrido lesões.

“A turma que está nessa faixa de ranking batalha demais, joga torneio interclubes, dá aula para poder investir na carreira, mas agora eles estão impossibilitados de fazer qualquer coisa. A gente não quer que essa turma pare de jogar tênis por causa disso”, diz à Folha o duplista Bruno Soares.

O brasileiro é um dos dez atletas que compõem o conselho de jogadores da ATP. “Sabemos que é uma verba muito limitada, não dá para salvar, mas pode fazer diferença”, completa.

Federer e Nadal, que também participam do conselho da entidade, passaram a defender na quarta (22) que a paralisação do esporte sirva para articular a fusão de ATP e WTA numa única entidade. É o segundo movimento, este ainda no início da gestação.

“Será que sou o único a pensar que já chegou o momento para que o tênis masculino e feminino se unam e se tornem um?”,

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