Diante das crescentes preocupações e de atualizações diárias sobre a crise gerada pelo coronavírus no setor mundial de futebol, a Fifa está preparando planos para um fundo de socorro de emergência no valor de centenas de milhões de dólares.

O fundo, caso venha a ser aprovado pela liderança do futebol mundial, representaria a maior resposta de qualquer grande organização esportiva ao impacto do coronavírus.

Como em outras partes da economia mundial, as restrições ao movimento adotadas para impedir a difusão da doença paralisaram o fluxo de caixa de um negócio no qual o planejamento financeiro de longo prazo é tipicamente tratado como um luxo, com as receitas de bilheteria, os direitos de transmissão televisiva e a receita de patrocínio dedicados primordialmente a bancar os salários dos jogadores e as contratações no mercado de transferência.

Isso levou diversas federações, clubes e ligas a já se declararem em estado de crise financeira. Esta semana, o MSK Zilina, clube sete vezes campeão da Eslováquia, declarou falência, e a federação uruguaia licenciou 400 empregados, porque todas as atividades futebolísticas foram suspensas no país.

Mesmo os maiores clubes não estão imunes à primeira paralisação desse tipo desde a Segunda Guerra Mundial. O Barcelona e a Juventus anunciaram cortes nos salários de seus elencos multimilionários, e outros clubes seguiram seu exemplo.

A escala da crise colocou em destaque uma carta enviada aos integrantes da Associação dos Clubes Europeus, que congrega mais de 200 clubes europeus de primeira linha, pelo presidente da entidade, Andrea Agnelli.

“Somos todos executivos de futebol responsáveis pelo bem-estar e pela sustentabilidade dos clubes que administramos, que estão diante de uma verdadeira ameaça à sua existência”, afirmou Agnelli, também presidente da Juventus, clube que já foi campeão italiano 35 vezes.

“O futebol está paralisado, e o mesmo se aplica aos fluxos de receita dos quais dependemos para pagar nossos jogadores, funcionários e outras despesas operacionais. Ninguém está imune, e agir na hora certa é essencial. Resolver essas preocupações será o maior desafio que nosso esporte e nosso setor já enfrentaram”.

Agora, dirigentes da Fifa querem tirar vantagem de uma das maiores reservas de caixa entre as organizações esportivas mundiais e usá-la para proteger algumas das partes mais prejudicadas do setor, uma ação semelhante às medidas que governos de todo o mundo tomaram para escorar partes de suas economias diante da pandemia, de acordo com as fontes, que se recusaram a falar publicamente porque ainda não existe acordo formal sobre o plano.

De acordo com seu mais recente balanço anual, publicado no ano passado, a Fifa dispunha de reservas de caixa de US$ 2,74 bilhões (R$ 14,24 bilhões). A organização está considerando colocar algumas dessas reservas em uso em um esforço para escorar a economia combalida do

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