Faltam duas rodadas e duas semanas para o clássico Corinthians x Palmeiras pelo Campeonato Paulista, mas os empates de sábado (7) contra Novorizontino e Ferroviária indicam que será decisão. Antes de ir a Itaquera, o Palmeiras jogará em Limeira, contra a Inter, e o Corinthians receberá o Ituano.
Acontece que os corintianos estão em último lugar na chave, e o Palmeiras pode ter o Novorizontino em seu pescoço, se perder ou empatar em Limeira.
Os grandes demoram para ter desempenho satisfatório, como neste março de 2020.
E por que demoram?
O caso do Corinthians é óbvio, pela tentativa de transformação de estilo e elenco. Em sua última eliminação na fase de grupos do estadual, a equipe passava por reformulação, sob o comando de Mano Menezes, substituto de Tite em 2014. Eliminado e criticado, Mano escalou, no último jogo daquele Paulista, oito jogadores que seriam titulares e campeões brasileiros no ano seguinte.
O Palmeiras deixa sempre a pergunta sobre a recuperação de Luxemburgo, mas há ponderações importantes a fazer. A primeira, de que o empate com a Ferroviária aconteceu com oito reservas no primeiro tempo e cinco no segundo.
A segunda, de que mesmo no auge da carreira, Luxemburgo não chegou sempre com uma varinha de condão que transformasse pernas-de-pau em pés de anjo. Por exemplo, começou no Corinthians, em 1998, com cinco derrotas seguidas, depois perdeu a final estadual para o São Paulo de Nelsinho Baptista e engrenou no segundo semestre, quando ganhou o Brasileiro com Mirandinha e Didi revezando-se no ataque. De cinco derrotas consecutivas para a seleção.
Como aquele Corinthians, o Cruzeiro oscilou em 2002, antes do Brasileiro de 2003 e este Palmeiras sobe e desce, de um jogo para jogo e também em uma mesma partida. Contra a Ferroviária, os reservas erraram passes até os 20 minutos, criaram chances no primeiro tempo, o time melhorou com Dudu e Willian, abriu o marcador, mas levou o empate quando estava melhor que o rival.
Nenhum dos quatro grandes dá confiança