Damiris Dantas, 27, está na WNBA (elite do basquete feminino dos Estados Unidos) desde 2014, atualmente no Minnesota Lynx. Diz que chegou tímida, mas rapidamente aprendeu, e muito, tanto dentro quanto fora de quadra.

A pivô brasileira tem sido ativa nas redes sociais, sobretudo recentemente, e diz que não pretende parar de se posicionar quando a bola laranja for lançada para o alto. Segundo ela, é um dever do atleta usar sua visibilidade para apoiar causas importantes e servir de exemplo para os fãs.

“Tenho me posicionado mais agora e recebido muitas mensagens. Um exemplo básico é meu cabelo. Muitas meninas me olham e falam: ‘depois que você parou de alisar seu cabelo, me senti representada e tenho parado de alisar o meu também’. Tenho visto quanto eu me posicionar é importante, pela visibilidade que tenho”, contou em entrevista coletiva virtual neste sábado (18).

Com atletas, sobretudo nos EUA, assumindo protagonismo no movimento negro e contra a violência policial, ela e as demais jogadoras da WNBA entrarão em quadra estampando no uniforme o nome de Breonna Taylor, jovem negra de 26 anos assassinada após levar oito tiros de policiais dentro de seu apartamento em Louisville.

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“É minha causa, minha luta, e eu não vou parar [de me posicionar] enquanto não melhorar”, diz Damiris. Ela conta que a mãe de Breonna terá uma reunião com as atletas para tratar da homenagem.

A morte da jovem aconteceu em março, antes do assassinato de George Floyd incendiar as ruas dos EUA. Também motivou protestos na principal cidade do Kentucky e levou ao banimento da prática das “entradas sem bater”, ações nas quais os policiais têm autorização para entrar em uma casa arrombando a porta, sem aviso —como no caso que matou a jovem.

Damiris está na “bolha” criada pela liga na IMG Academy, em Bradenton (Flórida), para iniciar o campeonato de 2020 em isolamento no próximo dia 25. Ela conta que tem tentado absorver o máximo dessa experiência inusitada e histórica.

Confinada, tem passado mais tempo com as companheiras, jogando videogame, vendo filmes e praticando golfe.

“A gente faz o teste da Covid-19 todo dia de manhã, logo depois do café. Aí tem academia, volta para o hotel, almoça, descansa e depois vai treinar. Pedem para a gente não ficar aglomerada com a galera de outros times. [Usamos] máscara o tempo inteiro, e durante o treino o Chuck, fisioterapeuta, vem passando

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