Nos últimos anos, com pontos corridos no futebol brasileiro, ficou frequente ouvir a expressão âsegue o lÃderâ por parte de torcedores do primeiro colocado da vez.
Poderia até mudar o lÃder ao longo do torneio, mas a expressão permaneceria —só se transferiria de uma torcida para outra. Em 2020, ainda não temos Campeonato Brasileiro, então podemos dizer que não há lÃder para seguir —nem no futebol, nem no paÃs.
Diante da maior crise de saúde (e econômica) provavelmente da história do Brasil, o presidente mistura cloroquina com TubaÃna, os governadores divergem entre lockdown, feriados e abertura de shoppings, e o Ministério da Saúde fica sem ministro. E segue o lÃder. Mas qual lÃder?
Por enquanto, cada um está seguindo aquele que mais lhe agrada, tal qual um torcedor escolhe um time para torcer.
A âpiadaâ da cloroquina seria cômica, mas é trágico que o presidente transforme a luta contra uma pandemia em uma âdisputaâ entre direita e esquerda. Enquanto isso, a população segue o que seus lÃderes estão pedindo: em resumo, isso atualmente significa que cada um faz o que quer, já que não há nenhuma orientação centralizada sobre o combate à pandemia.
No meio dessa bagunça, o Brasil supera os 300 mil casos (ainda subestimados) de coronavÃrus. No dia 19 de maio, 1.179 pessoas morreram em decorrência da doença e, enquanto isso, Jair Bolsonaro se reunia com os presidentes de Flamengo e Vasco para discutir o retorno do futebol.
Três presidentes que deveriam liderar suas nações (a brasileira, a rubro-negra e a cruzmaltina) na proteção à vida durante a pandemia discutem o protocolo para jogadores voltarem à s atividades quando o paÃs registra seu recorde de mortes em 24 horas. Segue o lÃder (que, por enquanto, ainda é o vÃrus nesse caso).
Diante da indignação de muitos torcedores e dos questionamentos da imprensa, o cartola vascaÃno se defendeu. âQual é a diferença de um caixa de supermerc
