Ainda longe de terminar o jogo, é preciso reconhecer que o conhecimento está perdendo.
A defesa da ciência tem sido incapaz de derrotar o ataque da ignorância e do fanatismo.
O mito insufla hordas que saem às ruas desafiando o bom senso.
Por minoria que seja, conspira contra quem segue a orientação dos técnicos, bem-sucedidos no inÃcio do embate, incapazes de evitar os ataques pela extrema-direita ensandecida diante da perspectiva de prejuÃzos incomparavelmente menores que a perda de vidas.
Das dela, inclusive, como se verá em futuro próximo.
Fosse o mundo mais justo e morreriam apenas os que teimam em desafiar a orientação da OMS, já rotulada por eles como cúmplice da China, o reino do mal diabolicamente empenhado em tomar o mundo.
Nem mesmo a evidência das mortes, depois do jejum que as evitaria, barra os doidos vestidos com a camisa da CBF.
Correto está o ex-presidente do Atlético Mineiro, e prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ao dizer que são patriotas de araque, apenas egoÃstas é o que são.
E, por favor, não digam se tratar de alguém de esquerda.
Como o mundo é o que é, morrerão também os sensatos e aqueles obrigados a sair de casa.
O jogo mais dramático já disputado no Brasil, se seguir transcorrendo como vimos nos últimos dias de relaxamento do isolamento social, terminará com resultado que nos fará achar graça do 7 a 1.
Nem mesmo será 14 a 2, ou 28 a 4. Está mais com jeito de placar de basquete entre times desiguais, algo em torno de 56 a 8 e só no primeiro tempo.
A verdade é que deixamos o Brasil chegar ao ponto da insânia em que chegou.
A deseducação é tamanha que muitos com curso superior se caÃrem de quatro pastarão no asfalto, cabeças embrutecidas por todo tipo de crenças, do deus mercado, e a saúde que se dane, a outros exploradores da fé que os fazem se ajoelhar na avenida Celso Garcia como visto no dia do jejum.
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