Em entrevista coletiva na terça-feira (14), o presidente norte-americano Donald Trump fez um apelo pessoal que deve ter mexido com alguns torcedores dos esportes americanos.

“Precisamos ter nossos esportes de volta”, disse Trump. “Estou cansado de assistir a jogos de beisebol de 14 anos atrás.”

Trump disse que estava montando um painel de especialistas —entre os quais os comissários de todas as grandes ligas de esportes dos Estados Unidos— para descobrir uma maneira de reconduzir os esportes aos estádios de todo o país.

Tanto o governador Andrew Cuomo, de Nova York, quanto o médico Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas do governo federal, expressaram apoio nesta semana à ideia de realizar jogos sem a presença de torcedores.

Assim, é realista imaginar que voltaremos a ver esportes neste ano? O que isso requereria?

Abaixo, respostas a algumas das questões mais prementes, enquanto o mundo do esporte pondera como proceder durante a crise mundial de saúde.

Por que não temos qualquer esporte para acompanhar agora?

Eventos esportivos —com torcedores que lotam arquibancadas separadas por corredores estreitos, e com acesso que requer filas— são a exata definição das reuniões em massa que os especialistas insistem em que devemos evitar, por enquanto, para impedir a difusão do coronavírus. E não são só os jogos em si: pense na jornada dos torcedores para os estádios e nas festas que eles costumam realizar nos estacionamentos e nos bares, antes, durante e depois dos eventos.

“Isso causa a união de muita gente que normalmente não se misturaria, e as pessoas ficam muito perto umas das outras por períodos prolongados”, disse a médica Julie Vaishampayan, presidente do comitê de saúde pública na Sociedade de Doenças Infecciosas da América. “Em termos de risco, isso fica acima de jantar em um restaurante.”

É uma escolha com que as ligas de esportes dos Estados Unidos e do restante do mundo estão lidando no momento. Mas a solução do problema não é nada simples. Em nível básico, será que devemos achar aceitável solicitar que centenas de atletas de todo o país ignorem as normas de saúde a fim de participarem de competições esportivas para nossa diversão? Os atletas não estariam juntos apenas nos momentos dos jogos, algumas vezes por semana. É presumível que precisem treinar e participar de outras atividades de seus times.

“Mesmo que eles queiram jogar em estádios vazios, os jogadores seriam colocados em risco”, disse Vaishampayan, que assiste a futebol americano e não consegue imaginar que a NFL venha a ser disputada neste ano. “Não há coisa alguma que garanta que um jogador não se infecte em casa e leve isso para o campo.”

Qual é o grande problema em termos duas dezenas de pessoas em uma quadra de basquete?

Talvez uma liga seja capaz de criar um sistema intrincado de testes e de quarentena de jogadores e comissões técnicas, a fim de garantir que apenas atletas não portadores do vírus entrem em campo ou em quadra.

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