Quando eu era professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais atendia no ambulatório, junto com os alunos e médicos residentes. Percebia que havia um grande número de jovens, sadios, excessivamente preocupados com o corpo, com o medo de adoecerem e de serem impedidos de trabalhar.
O corpo era tudo. O âeuâ era o corpo.
Esse medo, as necessidades financeiras e a falta de moradias decentes dificultam bastante para os mais pobres seguirem a ciência e o isolamento social, mas isso não deveria ser motivo para irem atrás dos negativistas, onipotentes, que acham que sabem mais que a ciência.
Neste sábado (16) começou o Campeonato Alemão, sem público. A maioria dos outros paÃses europeus deve iniciar as competições até julho. Já passaram pelo pico da doença e, agora, estão em constante queda, bem diferente do Brasil. França, Holanda e Bélgica encerraram os atuais campeonatos.
Estou com saudade do futebol ao vivo e curioso para ver o protocolo de distanciamento fÃsico adotado pelos alemães. O futebol possui uma antiga máxima de que é um esporte de contato. Como serão as comemorações dos gols, o posicionamento dos jogadores na barreira, nas cobranças de falta e dentro da área, nos escanteios?
Haverá uma trombada com dois jogadores caÃdos no chão, abraçados, compartilhando suores e secreções? Certamente será um modelo para outros paÃses.
Quando parou o futebol, o Bayern era lÃder do Campeonato Alemão e estava muito bem na Liga dos Campeões. Vários jogadores são destaques também na seleção atual, como Neuer, Kimmich, Gnabry e ainda o experiente Müller. Há vários excepcionais estrangeiros, como Lewandowski, Thiago Alcântara, Alaba e o brasileiro Philippe Coutinho, muitas vezes, na reserva.
A Alemanha sempre se destacou pelo jogo coletivo, pela troca de passes, pela presença de ótimos meio-campistas e pelos poucos dribles (somente os necessários), enquanto o Brasil se caracteriza