Até o último fim de semana, onde quer que Pep Guardiola estivesse contava com a minha torcida.
Era assim desde que assumiu o Barcelona, em 2008, e levou o time catalão a ganhar todos os títulos possíveis e imagináveis.

E as taças entusiasmavam menos que o modo de conquistá-las, com muita posse de bola, pressão imediata ao perdê-la e com toda fantasia de um grupo admirável de jogadores.

O coração apertou quando Guardiola deixou o Barça, em 2012, e passou período sabático em Nova York.

Estaria aperfeiçoando o inglês para assumir um grande na Premier League?

Não, foi aprender alemão para treinar o Bayern Munique na temporada de 2013.

Adiós, Espanha, mudei-me de armas e bagagens para a Alemanha e passei a me deliciar com os espetáculos na Baviera.

Nem ganhou tanto como na Catalunha, só seguiu fazendo seu time respeitar o torcedor com espetáculos de primeira.

Então, em 2016, chegou a vez do Manchester City.

“Ah”, os idiotas da objetividade esfregaram as mãos, “quero ver agora, no campeonato mais difícil do mundo”, desafiaram o treinador, poeta e filósofo do futebol.

Ele calou os céticos, depois de primeira temporada para se adaptar.

Ao ganhar o bicampeonato da Premier League bateu recorde de 130 anos, ao ver o time chegar aos 100 pontos, em 2018, e a 98 no ano seguinte, um a mais que o Liverpool, numa reta de chegada inesquecível.

Ali me acostumei a torcer contra os Reds, apesar da invencível simpatia despertada por outro técnico genial, o alemão Jürgen Klopp.

Como o hábito do cachimbo deixa a boca torta, até o último domingo (19) tentei insistir em querer ver o Liverpool ser derrotado, embora com menos sofreguidão do que quando enfrentou o Flamengo.

Anfield lotado, aquela música —“Você nunca andará sozinho”— que virou hino; Alisson, o melhor goleiro do mundo; Arnold, o melhor lateral direito do mundo; Van Dijk, o melhor zagueiro central do mundo; Robertson, o melh

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