Em 2015, Chris Mosier se tornou o primeiro atleta transgênero a conquistar vaga na equipe masculina nacional dos Estados Unidos. Ele foi parte da equipe do país no biatlo e no triatlo seis vezes e é o primeiro atleta transgênero patrocinado pela Nike.

Que momento melhor para tentar um novo esporte do que a meses de distância de uma Olimpíada? Agora, Mosier compete na marcha atlética.

Em sua primeira competição na modalidade, uma prova de cinco mil metros, em setembro, ele se tornou campeão nacional na categoria masters.

Na segunda, uma corrida de 50 quilômetros em outubro, um dos dois homens cujo ritmo ele estava acompanhando perguntou se era mais difícil assumir que era transgênero ou assumir que competia na marcha atlética, ele recorda, rindo. Mosier se qualificou para a seletiva olímpica naquela prova, ficando em 12º lugar no ranking nacional, depois de começar a treinar em seu novo esporte em maio.

Sua terceira prova aconteceu no sábado (25), na seletiva olímpica, uma corrida de 50 quilômetros realizada em Santee, perto de San Diego, na Califórnia. Ele abandonou a prova cedo, depois de romper o menisco de seu joelho direito, disse Mosier.

Ao participar da prova, ele se tornou o primeiro atleta transgênero a se qualificar para participar de uma seletiva olímpica competindo no gênero com o qual se identifica. Também foi o primeiro homem trans a competir contra outros homens nesse nível do esporte.

É um mundo muito diferente de sua dieta usual de biatlos de velocidade, que consistem de uma etapa de corrida, uma etapa de ciclismo e uma segunda etapa de corrida.

Conversamos com Mosier recentemente, antes de sua participação agridoce na seletiva do sábado.

A entrevista foi encurtada e editada para fins de clareza.

Como é que você descobriu a marcha atlética? Um amigo em Chicago corre a marcha atlética de 50 quilômetros e me perguntou se eu já tinha pensado em concorrer nessa modalidade. Ele disse que achava que eu me daria muito bem nela. Bastou isso –que alguém acreditasse em mim e dissesse que eu seria bom em alguma coisa. Sempre posso melhorar como corredor, mas aquele era um novo tipo de desafio.

No biatlo e no triatlo, você normalmente corre entre três e 10 quilômetros. Como é que decidiu subir para os 50 quilômetros? Alguma coisa me atraía nessa distância. Eu corria biatlo de velocidade, uma modalidade veloz e furiosa. Mas o que adoro mesmo é treinar por muito tempo para as provas mais longas. Há algo de muito terapêutico em treinar.

Eu não tive muito tempo de preparação para a seletiva e cheguei à prova mal preparado. Minha primeira corrida foi de cinco quilômetros, e me tornei campeão nacional da categoria masters, em minha faixa de idade. Minha segunda corrida foi de 50 quilômetros, e foi ela que me trouxe aqui.

Mas subir de cinco para 50 quilômetros?

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