O comentarista e ex-atleta Caio Ribeiro, conhecido pela mansidão de suas intervenções, razão pela qual é querido pelos atuais jogadores, saiu de seus cuidados e censurou o diretor são-paulino e ex-craque Raà por ter declarado ser favorável à renúncia do presidente da República.
Para ele, Raà pôs o clube em risco.
Ribeiro deve estar arrependido de ter descido do muro, tão negativa foi a reação da sociedade, a começar pela de seus colegas.
Pois não deveria se arrepender nem se mostrar constrangido ao tentar se explicar.
Ao contrário, deveria, isso sim, ter sido transparente e esclarecido que é filho do conselheiro oposicionista no São Paulo, Dorival Decoussau.
Nenhum problema em concordar com o pai, por sinal, preso pela PF, em flagrante, em 1985, quando ocupava o cargo de superintendente do Hospital Matarazzo, por fraudar guias de internação do Inamps (hoje INSS) e ocasionado prejuÃzo de CR$ 100 milhões mensais aos cofres públicos.
Concordemos que poderia omitir a segunda parte, já seria sincericÃdio, até por não poder ser responsabilizado pelos maus feitos paternos, mas nunca a primeira.
Se não bastasse, o deputado Eduardo Bolsonaro saiu em sua defesa pelas redes antissociais. Tudo de que ele não precisava.
Daà ter ressurgido a velha discussão da mistura de esporte e polÃtica, como se fossem campos indissociáveis.
Alguns alienados bolsominions quiseram minimizar o episódio e outros, cujos Ticos não se comunicam com seus Tecos, viram nas crÃticas ao posicionamento de Ribeiro uma tentativa de censura.
Do saudável debate resultou claro serem iguais os direitos de Ribeiro dizer o que disse e de seus crÃticos âé redundante lembrar ser a democracia a arte da divergência civilizada, assim como exigir transparência.
A rara leitora e o raro leitor não têm dúvida sobre qual seja o lado do colunista que, embora lastime a preferência eleitoral de Felipe Melo,