É certo dizer que Ronaldinho Gaúcho está tendo o pior aniversário de sua vida. Preso no Paraguai ao lado do Irmão Roberto de Assis desde o último dia 6 por estar portando documentos falsos, o ex-jogador completa 40 anos neste sábado (21) com a incerteza sobre seu futuro e sob olhares desconfiados daqueles que sempre o enalteceram com a bola nos pés.

A imagem do craque algemado e com os olhos marejados, que repercutiu no mundo todo, contrasta com a marca do sorriso moleque após cada jogada de efeito, característico durante seus 16 anos de futebol profissional. Uma carreira vitoriosa, de um atleta duas vezes escolhido como o melhor do planeta.

A qualidade com a bola nos pés foi mostrada logo cedo para mundo, aos 17 anos. Cria das categorias de base do Grêmio, Ronaldinho ganhou destaque nacional, principalmente, pelo seu desempenho na final do Campeonato Gaúcho de 1999, contra o Internacional. Na ocasião, liderou o time tricolor na conquista do título e, de quebra, aplicou dribles humilhantes em cima do capitão do tetra Dunga. Uma exibição de gala.

A genialidade do jovem meia-atacante despertou a atenção do futebol europeu. Com isso também vieram os primeiros problemas relacionados a negócios e transferências, algo que seguiria em paralelo ao longo de sua trajetória futebolística, sempre gerenciada pelo irmão Assis.

O Grêmio bem que tentou lutar contra o assédio, mas o jogador assinou um pré-contrato às escondidas com Paris Saint-Germain. O caso gerou uma briga entre os clubes, e o atleta ficou sem atuar por um tempo, até que se mudou para França em agosto de 2001. No mesmo ano, fora dos campos, foi descoberto com uma carteira de habilitação falsa e parado numa blitz com o licenciamento de seu veículo vencido.

Em Paris alternou grandes apresentações com polêmicas a respeito de uma vida noturna agitada, que o fazia chegar atrasado aos treinamentos. O excesso de noitadas rendeu manchetes nos jornais franceses e críticas do treinador Luiz Fernandez.

As atuações com a camisa do PSG levaram o jogador à Copa de 2002, no Japão, vencida pela seleção brasileira. Na época, não teve mais destaque do que a dupla Ronaldo e Rivaldo, no entanto, foi importante na competição, principalmente na vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra, nas quartas de final, quando marcou um gol encobrindo o goleiro David Seaman, o da virada do time.

A transferência para o Barcelona na temporada 2003/2004 não mudou o hábito noturno de Ronaldinho, mas isso acabou em segundo plano, pois pelo clube catalão conquistou vários títulos e viveu sua melhor fase na carreira. Lá, recebeu o apelido de “bruxo” e foi eleito duas vezes o melhor futebolista do mundo (2004 e 2005).

O sucesso estrondoso poderia ter sido ainda mais duradouro, não fosse a ascensão do argentino Lionel Messi na equipe espanhola e sua queda de rendimento no mesmo período. A soma desses fatores fez o camisa 10 buscar novos ares.

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