Dia desses a seleção do tri comemorou o cinquentenário da façanha e ocupou todos os espaços.

Claro, você dirá, uma data redonda, diferente da lembrada nesta segunda-feira (29), a dos 62 anos da primeira conquista, na Suécia, 5 a 2 nos anfitriões.

De fato, efeméride para ser efeméride não pode ser quebrada.

Então, você pesquisa dois anos atrás, quando aconteceu o 60° aniversário da goleada no Estádio Rasunda, em Solna, na grande Estocolmo, e descobre que foi dois dias depois da vitória do time de Tite sobre a Sérvia na Copa da Rússia e que, pelo menos neste espaço, não se deu bola alguma para o feito.

Verdade que o cinquentenário teve até caderno especial nesta Folha, no qual Pelé diz por que o time de 1958 era melhor que o de 1970 e Tostão recomenda que todos deveriam ver aqueles craques jogarem.
Pelé era quase criança, tinha 17 anos, e jogou.

Tostão era mesmo criança, tinha 11 anos, e, à época, mais ouviu e leu sobre os seis jogos da Copa que matou o complexo de vira-latas, porque não havia transmissão direta, nem mesmo videotape, apenas filmes, fragmentados, e que chegavam dias depois para privilégio dos poucos donos de aparelhos de TV.

Uma criança de oito anos, então, fabula sobre a epopeia. Sim, imagina, romantiza, enfeita, conta o conto e aumenta um ponto, embora também tenha visto pelo menos a final completa já em idade madura.

Faz 62 anos, não tem nada acontecendo no mundo da bola brasileira que seja mais importante que a data e tratemos, pois, de reverenciá-la como não aconteceu há dois anos.

Basta dizer que aquela seleção teve Mané e Pelé juntos para afirmar que jamais haverá time melhor?

Não, porque nem um nem outro foi indicado como o melhor do torneio. O craque eleito da Copa foi Didi.

Pense, então, num time com Garrincha, Pelé e o número 1 do mundo.

Some a Gylmar, incomparavelmente superior ao médio Félix, de 70.

A Djalma Sant

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