Não foram poucos os adversários de Pelé que, depois de abandonar os gramados, confessaram terem ficado intimidados com o olhar dele. Olhar assassino, disseram.

Num campo de futebol, 11 contra 11, é mais difícil perceber certos detalhes, diferentemente do que acontece numa quadra de basquete, 5 contra 5. Daí não ser novidade para ninguém que acompanhou a carreira de Michael Jordan o poder do seu olhar igualmente assassino, particularidade comum ao rei do futebol e ao rei do basquete.

Assim como, nada mais óbvio, os dois não suportarem a ideia de perder, competitivos até a medula.

A série da Netflix sobre Jordan, “Arremesso Final”, deixa clara uma faceta do melhor jogador da história do basquete e que explica por que ele demorou tanto para liberá-la: Jordan não se limitava a intimidar seus adversários, mas era capaz de pisar no pescoço até dos companheiros e relutou em aceitar que praticava um jogo coletivo, tão convencido de que era capaz de resolver tudo sozinho. Até porque era mesmo.

A série está longe de ser só laudatória e tem grave defeito: acabará na segunda-feira (18), quando serão disponibilizados os dois últimos de dez capítulos, de 50 minutos em média.

Mostra um Jordan imperial, pouco disposto a aceitar críticas, absolutamente fascinante e o conhecido leão das quadras.

Leão? Talvez pantera negra seja mais adequado, tão impressionante o feixe de músculos de suas juntas, gordura zero, articuladas de maneira perfeita em busca da cesta de três pontos, da enterrada diabólica, da assistência inesperada, do toco selvagem. Capaz de, mais jovem sete anos que Larry Bird, e 16 que Magic Johnson, ser o astro maior do Dream Team que massacrou os rivais na Olimpíada de Barcelona, em 1992, ao vencer todos os adversários por, no mínimo, 32 pontos.

A série é um show como Pelé merece e ainda não teve.

Se a rara leitora e o raro leitor não viram, vejam, e aqui não cabe estragar o pr

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