Se a ideia da Federação Paulista de Futebol (FPF) era evitar aglomerações no Morumbi neste sábado (14), os cerca de 20 torcedores e curiosos que receberam o ônibus são-paulino, mais os dois vendedores de camisetas falsas em frente ao estádio, mostraram que a medida funcionou.
No primeiro jogo sem presença de público por determinação da FPF para os jogos na capital em razão da pandemia de coronavÃrus, o São Paulo venceu o Santos por 2 a 1, pela 10ª rodada do Estadual, com gols de Pablo (que não marcava desde 22 de janeiro) no segundo tempo. Arthur Gomes havia aberto o placar.
O ambiente do CÃcero Pompeu de Toledo, tanto do lado de fora como nas arquibancadas, foi bem distinto do vivido na última quarta (11), quando recebeu pouco mais de 39 mil torcedores na vitória sobre a LDU, pela Libertadores.
Horas antes do triunfo diante dos equatorianos, centenas de são-paulinos formaram um ruidoso corredor, decorado com bandeirões e sinalizadores, pelo qual passou o ônibus até entrar no estádio.
Neste sábado, um pequeno grupo de aproximadamente 20 torcedores se reuniu em frente ao portão principal para recepcionar, com cantos, a delegação tricolor. De dentro do ônibus, os jogadores retribuÃram o carinho com acenos e batidas na janela.
Um desses torcedores, menos de cinco minutos após a chegada do ônibus, deixou o Morumbi em um veÃculo de transporte por aplicativo.
Entre os poucos são-paulinos presentes na recepção estavam Elder, 32, e Caroline, 25, que viajaram de Cascavel, no Paraná, com a intenção de assistir à partida.
âSabÃamos que não teria público, fizemos o tour [do estádio] ao meio-dia e ficamos por aqui só para ver a movimentaçãoâ, diz Elder, que trabalha como encarregado de logÃstica.
O casal, que está de férias na cidade, conseguiu o estorno dos ingressos com a empresa responsável pela venda (cerca de 16 mil ingressos haviam sido vendidos antecipadamente), mas, como não puderam recuperar o investimento nas passagens aéreas, decidiram ir para São Paulo de qualquer forma, onde fizeram a visita promovida pelo clube nas dependências do Morumbi.
âAcabamos vindo para não sair tanto no prejuÃzoâ, conta Caroline, que é enf