Se para muitas pessoas tênis é sinônimo de glamour, cuja melhor representação são as figuras vitoriosas de Roger Federer, Rafael Nadal e Serena Williams, Noah Rubin trabalha para mostrar uma outra visão sobre o esporte.

O tenista americano de 23 anos, atualmente ocupante da 253ª colocação do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), criou em janeiro do ano passado o “Behind The Racquet”, que começou como uma página nas redes sociais e hoje tem site próprio, além de loja virtual.

O objetivo da iniciativa, como o próprio nome em inglês define, é mostrar as histórias humanas que estão por trás daqueles que ganham a vida e angariam milhões de fãs pelo mundo com suas raquetes.

Enquanto joga torneios e busca evoluir no ranking, Rubin entrevista seus pares para que eles contem a história que quiserem. Muitas vezes, a narrativa publicada envolve temas como morte, depressão e outras dificuldades até então desconhecidas da mídia e mesmo dos amigos mais próximos do circuito.

Ganham espaço no “Behind The Racquet” principalmente aqueles que, assim como o americano, estão longe das primeiras posições do ranking e dos prêmios milionários distribuídos pelas grandes competições.

Há lugar também para relatos de tenistas já aposentados e dos que figuram na elite do esporte. A tcheca Petra Kvitova (bicampeã de Wimbledon) e a canadense Bianca Andreescu (atual campeã do US Open), por exemplo, já compartilharam suas agruras em depoimentos ao americano.

“Quero ser pioneiro em mostrar que não há problema em se abrir e ficar vulnerável. Isso não faz você parecer fraco. Na verdade, faz você parecer forte por compartilhar uma história difícil”, diz Rubin à Folha.

Qual foi a sua intenção ao criar o Behind The Racquet? Eu sempre amei tênis e soube que queria produzir algum impacto no esporte, mas vi que meu entusiasmo com ele estava morrendo um pouco e que, ao mesmo tempo, existiam alguns problemas reais nele. Queria trazer novas motivações para o tênis e jogar luz sobre algumas coisas que estavam acontecendo nesse mundo, como problemas de saúde mental, abuso de álcool, coisas assim. Pensei que era importante existirem pessoas tentando se relacionar com os tenistas, e que isso poderia ser empolgante para eles também.

Como funciona a busca pelas pessoas que têm suas histórias contadas no perfil? Agora alguns jogadores já me procuram para participar, mas, como a marca ainda está em crescimento, eu vou até a maioria e pergunto a eles como poderia ajudar. No começo, eles não sabiam o que era o Behind the Racquet, agora a maioria já ouviu falar, o que ajuda. Eu faço [as entrevistas] pessoalmente ou pelo telefone. Gravo e deixo que eles falem por quanto tempo quiserem. Agora tenho uma pessoa que digita para mim, e depois eu apenas condenso, mas mantenho as mesmas palavras e envio de volta para eles. Acho muito importante que as pessoas saibam que os tenistas têm a palavra final. Não tenho segundas intenções,

 » Read More

Login

Welcome to WriteUpCafe Community

Join our community to engage with fellow bloggers and increase the visibility of your blog.
Join WriteUpCafe