O temor de contaminação pelo novo coronavÃrus, foco das atenções mundiais, complica a caminhada de milhares de atletas rumo aos Jogos OlÃmpicos e ParaolÃmpicos de Tóquio, a partir de julho. Vagas olÃmpicas continuam na dependência da realização de eventos classificatórios para serem preenchidas.
Em todas as partes do mundo, atletas cumprem programas de preparação e precisam viajar para aprimoramento. Muitos deles ainda não garantiram o direito de carimbar o passaporte nos pré-olÃmpicos. A delegação brasileira conta até agora com 170 classificados.
A jornada olÃmpica está mais complicada a cada dia. Na Itália, onde o novo coronavÃrus provocou mortes e aumentou o número de infectados pela doença nos últimos dias, as entidades estudam medidas de combate como a suspensão de eventos esportivos, adiamento de partidas e jogos com portões fechados, sem público.
De todo modo, as mais de 200 organizações de diferentes nacionalidades que integram o Comitê OlÃmpico Internacional prosseguem com seus planos. O Comitê OlÃmpico do Brasil estima que sua representação contará com cerca de 250 atletas, além das comissões técnicas, de saúde, equipes de apoio em geral e cartolagem.
Os planejamentos dos comitês nacionais foram finalizados neste ciclo olÃmpico, iniciado em 2016. Continuam mantidos. Um exemplo é Cuba, a pequena ilha do Caribe que projeta sua delegação com pouco mais de uma centena de atletas, como quatro anos atrás, no Rio de Janeiro, quando trouxe 123 competidores que conquistaram 11 medalhas, das quais cinco de ouro.
Na época, Cuba e Estados Unidos já davam os primeiros passos na retomada das relações entre os dois paÃses, após um rompimento diplomático de mais de meio século. Foi um relaxamento saudável para as partes, principalmente para os cubanos que enfrentavam o embargo decretado pelos norte-americanos, com enorme repercussão na economia, no comércio, nas finanças e no turismo da ilha.