A diretoria do Cruzeiro tem até quinta-feira (27) para apresentar sua defesa no plenário da Apfut (Autoridade Pública de Governança do Futebol) e tentar evitar a exclusão da lista de clubes do Profut.

Caso não consiga reverter uma decisão em primeira instância, o clube mineiro será o primeiro entre os grandes do país a perder o benefício do programa de refinanciamento implementado pelo governo federal em 2015.

A agremiação está inscrita na Dívida Ativa da União em R$ 268.629.934,86. O montante é referente a débitos de Imposto de Renda, PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e previdenciários.

O Profut, que entrou em vigor em agosto de 2015, ofereceu aos clubes a possibilidade de parcelar suas dívidas com o governo em até 240 meses (20 anos), com descontos de 70% das multas e 40% dos juros, além de isentar os encargos legais.

Em contrapartida, as equipes precisam manter em dia suas obrigações tributárias federais e trabalhistas; dar transparência e publicar seus balancetes; comprovar a existência de um conselho fiscal atuante e autônomo (formado por membros eleitos e alheio à diretoria executiva).

Por inadimplência, o Cruzeiro foi notificado de uma exclusão em primeira instância no último dia 10.

Kris Brettas, superintendente jurídico do clube, afirma que embasou o recurso com o argumento de que os prejuízos foram causados pela administração anterior.

A atual diretoria assumiu após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro e tenta não sofrer as consequências do endividamento na gestão de Wagner Pires de Sá, que renunciou no dia 23 de dezembro.

Sá havia assumido a presidência do Cruzeiro em dezembro de 2017. A Folha mostrou, em abril de 2019, que o clube já liderava entre os rivais da Série A o ranking de novas dívidas com a União, na época em R$ 17 milhões. Somente em dezembro de 2019, foram acumulados mais R$ 226 milhões de débitos.

Até agora, nenhum representante da Série A perdeu o refinanciamento, segundo lista da Apfut obtida pela reportagem com base na Lei de Acesso à Informação. O órgão foi criado pelo governo para fiscalizar o comprometimento das agremiações com as regras do Profut.

O Figueirense, na Série B, é o único que está entre os times que jogam as primeiras divisões do cenário nacional. No ano passado, os catarinenses viveram uma grave crise, com direito a greve de jogadores. O presidente Francisco Assis Filho responsabiliza os sócios da Elephant, empresa que em 2017 comprou 95% da marca, pela exclusão.

“Fomos penalizados pela inadimplência da empresa que assumiu o Figueirense. Fomos até a Apfut tentar reverter, explicar que rompemos com a sociedade, mas estava insustentável. A Apfut já havia notificado várias vezes, e o caso transcorreu à revelia”, disse Assis Filho. O clube está na lista de devedores da União com R$ 5.664.670,80.

Em 2019, o órgão viveu um ano de reformulações,

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