Em busca do recorde de títulos entre os homens nos torneios de Grand Slam, que pertence ao suíço Roger Federer, o sérvio Novak Djokovic deu mais um passo importante neste domingo (2), ao superar o austríaco Dominic Thiem na final do Australian Open.

Essa foi a 17ª conquista de Djokovic, 32, nos quatro eventos mais importantes do tênis, e a oitava em Melbourne (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020).

Assim, ele se aproxima das marcas de Rafael Nadal (19) e Roger Federer (20) e pode até alcançar o suíço de 38 anos nesta temporada, mas para isso precisará de um improvável ano perfeito nos Slams. O último homem a conseguir isso foi o australiano Rod Laver, que dá nome à quadra principal do Australian Open, em 1969.

Nos últimos nove anos, de 2011 a 2019, o sérvio conquistou 15 troféus, contra 10 de Nadal e 4 de Federer.

Djokovic, que reassume a liderança do ranking mundial pela quinta vez –já soma 276 semanas na ponta, contra 310 de Federer–, também acumula ao longo da carreira cinco troféus de Wimbledon, três do US Open e um de Roland Garros.

Neste domingo, ele esteve em apuros durante boa parte do jogo e chegou a ficar em desvantagem de 2 sets a 1 contra Thiem, mas conseguiu virar e fechar a partida na quinta parcial, após quatro horas de ação (6/4, 4/6, 2/6, 6/3 e 6/4).

O austríaco de 26 anos perdeu a sua terceira chance de conquistar um título desse nível. Em 2018 e 2019, ele foi derrotado por Nadal na decisão de Roland Garros. O tabu, então, permanece: nenhum homem nascido depois de 1988 conseguiu triunfar em Slams até hoje.

Os últimos 13 troféus desses eventos ficaram apenas entre Djokovic (cinco), Nadal (cinco) e Federer (três). O último a se intrometer foi o suíço Stan Wawrinka, 34, no US Open de 2016.

Na premiação, os dois finalistas lembraram das vítimas dos incêndios que afetaram a Austrália no fim de 2019 e início de 2020 –houve campanhas de arrecadação de fundos durante todo o torneio–, e Thiem destacou especialmente a preocupação com os animais que morreram afetados pelo fogo.

Já o sérvio voltou a falar sobre o astro do basquete Kobe Bryant, considerado por ele um mentor e que morreu no último domingo (26), após a queda de um helicóptero na Califórnia.

“Que isso sirva como lembrança para ficarmos unidos mais do que nunca, perto das pessoas que amam e se preocupam conosco. Claro, nós competimos e tentamos fazer o nosso melhor, mas existem coisas mais importantes na vida, por isso é importante ter consciência do que acontece ao seu redor”, disse.

O jogo iniciou com Djokovic implacável, quebrando o saque de Thiem logo no segundo game e dando a impressão

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