Como se sabe, dar uma cabeçada na trave é diferente de dar uma cabeceada na trave. A primeira machuca, dói, até faz galo. A segunda só dói porque poderia ter sido gol e não foi. O Brasil da pandemia é o das cabeçadas no muro e pouco tem usado a cabeça para jogar.

Daí os incontáveis gols contra as arquibancadas e a favor dos cemitérios. Vivemos a guerra contra o novo coronavírus e guerra “é assunto importante demais pra ser deixada na mão dos militares”, já dizia o premiê francês Georges Clemenceau durante a Primeira Guerra Mundial.

Melhor seria se estivesse só por conta de profissionais da saúde, porque do ex-capitão presidente, ao general de pijamas vice-presidente, só têm vindo sandices.

Basta ver a inclusão das academias como serviços essenciais e o pedido dos clubes esportivos para serem incluídos no decreto estapafúrdio.

O jornalista Milton Coelho da Graça ensina há décadas que existem apenas três tipos de pessoas: as interessadas, as interessantes e as interesseiras. Se você tem um projeto deve procurar apenas as duas primeiras, embora atento para perceber que o primeiro sinal de que dará certo seja a aproximação das terceiras.

Gente interesseira é aquela que faz a pregação do uso da cloroquina para ver se descola a vaguinha de titular no Ministério da Saúde e perde para mais um general.

De gol contra em gol contra, chegamos à teoria dos “Quatro ER” aprendida com o psiquiatra Anibal Mezher: “Viver é escolher, escolher é perder, perder é sofrer”.

Por exemplo: se você estiver diante do dilema entre escolher as ideias do youtuber Felipe Neto e as do jogador Felipe Melo e optar pelas do jovem botafoguense, perderá a simpatia dos bolsominions e sofrerá se tiver sido um deles. Mas, mesmo se não for interesseiro, ganhará a luz da sensatez e será muito bem-vindo ao contingente majoritário que começa a se desenhar no país.

Não tema os q

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