Postado By origemsurf em abr 23, 2020 |
Aos poucos, autoridades, associações e formadores de opinião parecem estar convencidos de que o surfe pode estar a caminho da liberação.
Em alguns casos a prática voltou a ser permitida, como em San Clemente, na Califórnia, Havaí, Austrália e Florianópolis.
Surfista local da República Dominicana, durante evento Master of The Ocean. Foto Sebastiano Massimino.
por Janaína Pedroso
Há poucos dias, cenas comuns ao período da Ditadura Militar, em que o surfe era considerado prática subversiva e, portanto, até proibido em alguns picos, foram revividas em algumas praias.
Impedidos de surfar, muitos surfistas ainda desobedecem ordens oficiais e alguns acabaram tendo que sair da praia fugidos, ou se enfiando em matos e arbustos. Outros até não tiveram a mesma sorte e acabaram no velho camburão. Como em Ubatuba, por exemplo, onde dois surfistas de Itamambuca foram levados à delegacia há alguns dias.
Assim, de um jeito torto e às avessas, retomamos rapidamente a fama de vagabundos desordeiros, ilustramos de novo às “páginas policiais”. Quem diria?
Maioria consciente
Mas não foram todos, é verdade. Muitos surfistas, a maioria talvez, profissionais inclusive, encaram de forma madura a necessidade do isolamento.
E, mais do que isso, tiveram a clareza de entender que o ato de surfar não é em si, e à princípio, um fator de transmissão, mas o deslocamento e o provável risco de aglomeração sim.
Algumas pesquisas já apontam para possibilidade de haver a transmissão do novo coronavírus na água do mar.
Para ilustrar brevemente, a pesquisadora do Instituto de Oceanografia da Universidade da Califórnia, Kim Prather, é mais do que didática: “Eu não entraria na água se você me pagasse US$ 1 milhão agora”, disse ela.
Afinal de contas, quem nunca pegou uma infecção de pele, de estômago, ouvido e até respiratória, depois de entrar no mar, especialmente após uns belos dias de temporal?
Isso porque a presença de bactérias e outros patógenos é bem frequente aliás, na maioria de nossas praia Br