À primeira vista, os carros da F-E possuem design que remete aos modelos de F-1. No momento em que os monopostos elétricos aceleram, porém, as diferenças entre os esportivos começam a ficar evidentes: em vez do ronco dos motores, o que se ouve é um som semelhante ao dos antigos autoramas.

O barulho que lembra os brinquedos movidos a pilhas está associado ao uso de energia elétrica em vez de combustíveis fósseis. A opção não é por acaso. Criada em 2014, a F-E se apresenta como um laboratório para o desenvolvimento de tecnologias de mobilidade sustentável.

Assim como a F-1 sempre esteve na vanguarda da indústria automotiva, a categoria de carros elétricos se desenvolve num momento em que as questões ambientais estão entre as tendências globais –de acordo com a pesquisa Earth Day 2019 da Ipsos, o aquecimento global, a poluição do ar e o descarte do lixo são os três assuntos ambientais que mais causam preocupação ao redor do mundo.

A F-E pega embalo nisso. É o primeiro campeonato internacional chancelado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) com carros 100% elétricos, menos poluentes do que os veículos a combustão.

Na atual temporada, o grid possui 24 pilotos e 12 equipes, entre as quais estão as montadoras Audi, BMW, Mercedes, Porsche, Jaguar e Nissan, esta Ãºltima a fabricante do carro elétrico mais vendido no mundo, o Leaf, com custo de R$ 195 mil no Brasil.

“O automobilismo sempre desenvolveu tecnologias que depois foram aplicadas nos carros comerciais, como cinto de segurança, espelho retrovisor, freio a disco e o turbo. Como hoje a tecnologia do futuro são os carros elétricos, a única competição que está desenvolvendo essa tecnologia é a F-E”, diz à Folha o piloto Lucas Di Grassi, campeão da categoria em 2016/2017.

De acordo com o paulista, que corre pela Audi e é embaixador mundial do programa de ar limpo da ONU, o desenvolvimento das baterias é o maior desafio para a evolução dos carros elétricos. “A bateria precisa durar e ser confiável.”

O primeiro salto neste aspecto ocorreu na temporada 2018/2019, quando os carros da segunda geração da F-E passaram a suportar uma corrida inteira. Nas primeiras edições do campeonato, os pilotos eram obrigados a usar um segundo veículo a partir da metade das provas, que duram em média uma hora.

Para isso, houve um ganho de potência máxima de 200 kw para 250 kw, além do aumento da regeneração da potência, de 100 kw para 250 kw. “As baterias são o principal item em desenvolvimento na F-E, junto com os softwares dos carros, que vão controlar os eixos 

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