A preocupação do técnico do Fluminense, Odair Hellman, era não deixar espaço entre as linhas de defesa e meio-campo, onde o Flamengo reveza até três jogadores. Com as mudanças da escalação neste domingo (12), Diego usou este espaço aos 28 minutos e começou a jogada do gol de Pedro.
O gol da realidade, que deixou o Flamengo à frente do Fluminense pela primeira vez nas finais que começaram quarta-feira (8). A chance para Diego jogar entre as linhas nasceu da crença do Fluminense de que podia sair um pouco mais para o jogo, encarar mais de frente do que na final da Taça Rio.
No empate por 1 x 1 e vitória tricolor nos pênaltis, o Fluminense esperou com duas linhas de quatro separadas pelo volante Hudson. O Flamengo tinha pouquÃssimo espaço para o passe decisivo.
Questionado se repetiria a estratégia no domingo ou mexeria na forma de encarar o Flamengo, já apresentado à arapuca, Odair Hellmann respondeu: âTenho de repetir, porque não posso dizer ao elenco que deu tudo certo e agora vamos mudar tudo.â
Mas o Fluminense mudou. Seja por mais confiança, ou porque o Flamengo preferiu atrair o rival, o time de Odair Hellmann ofereceu mais espaço. Até criou mais chances até os quinze minutos, quando pela primeira vez o rubro-negro escapou com três atacantes contra três zagueiros.
Depois do gol, outra vez o Fluminense sofreu o contra-ataque, com um defensor a menos do que o número de atacantes do Flamengo.
Não é fácil encarar o melhor time do Brasil. à tão difÃcil que, quando parece fácil, você passa a acreditar que é possÃvel e isto torna tudo ainda mais complicado.
Na final da Taça Rio, Odair Hellmann queria duas coisas: 1. Não errar passes; 2. Diminuir o espaço entre as linhas.
Não errar passes significava evitar a recuperação rápida de bola do Flamengo no campo de ataque. O arrastão de Jorg