“Unfassbar” (inacreditável, em alemão) foi a expressão utilizada pelo Borussia Dortmund em suas redes sociais minutos após a vitória por 5 a 3 contra o Augsburg, em 18 de janeiro. Torcedores e acionistas do clube ficaram boquiabertos com o que haviam presenciado na WWK Arena.

A equipe, que já parecia entregue, perdia por 3 a 1 fora de casa quando o técnico Lucien Favre promoveu a entrada de Erling Braut Haaland, aos 11 minutos do segundo tempo, contratado dias antes do Red Bull Salzburg, da Áustria, por US$ 20 milhões (R$ 92 milhões). Em 23 minutos, o norueguês marcou três gols e mudou a história do confronto.

“Foi por isso que me contrataram, não é?”, disse o jogador ao diretor Michael Zorc dias depois.

Haaland tornou-se bem mais do que uma injeção de ânimo no time durante a partida válida pela Bundesliga. Aos 19 anos, o atacante de 1,94 m se transformou na nova sensação europeia, com um repertório de marcas precoces na carreira e histórias peculiares.

Desde a chegada ao Dortmund já são 11 gols anotados em 7 partidas, 4 delas como titular. Os dois mais recentes deram a vitória aos alemães diante do Paris Saint-Germain, nesta terça-feira (18), pelo jogo de ida das oitavas de final da Champions League.

O norueguês soma 440 minutos jogados pelo time e ostenta média de 1 gol a cada 40 minutos.

“Ele adora futebol, sabe como ninguém como marcar gols. É muito bom em criar espaços dentro de um jogo. Contudo, algo muito mais importante é que ele e seu pai sempre tomaram decisões corretas, escolhendo clubes onde pode se desenvolver”, diz à Folha Jan Aage Fjortoft, ex-atacante da seleção norueguesa nas décadas de 1980 e 1990.

Haaland é filho do ex-zagueiro Alf-Inge Haaland, que disputou a Copa do Mundo de 1994 e construiu carreira no futebol inglês atuando por Nottingham Forest, Leeds United e Manchester City. Ganhou fama pela rivalidade nos campos com o ex-capitão do Manchester United, o irlandês Roy Keane.

Após encerrar a carreira, o pai se tornou conselheiro do filho desde os seus primeiros passos no futebol pelo Bryne, clube modesto da Noruega em que trabalhou como dirigente.

Com apenas 15 anos, o jovem já estava entre os profissionais do clube. Do Bryne, foi contratado pelo Molde, agremiação de maior expressão no país. Ele chegou a ela por indicação de um outro ex-jogador do Manchester United, o atual técnico do time Ole Gunnar Solskjaer.

Com 14 gols em 39 jogos, acabou negociado com o Salzburg. “Ele era bem reservado no início, praticamente não jogou nos seis primeiros meses, mas era maluco por treinos, se dedicava muito mesmo. Era um profissionalismo incomum para alguém tão novo”, relata o zagueiro brasileiro André Ramalho, companheiro no time austríaco.

“Ele ficava, pelo menos, uma hora depois [do treino] fazendo sauna e gelo. Sempre perguntava sobre lesões e sua recuperação”, completa.

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