Com quase todos os comércios fechados na Rússia por causa da pandemia de coronavírus —exceto mercados e farmácias—, o atacante Felipe Vizeu. ex-Grêmio e Flamengo, precisou sair de casa para comprar comida. No meio do caminho foi parado pela polícia. Os oficiais queriam saber o que ele fazia na rua. Pelo menos é o que imagina.

“Não é que eu falo mal o russo. Eu não falo nada. Como explicar?”, lembrou.

Se ele já queria voltar para o Brasil, aquele momento o convenceu ainda mais. Não está sozinho. Outros jogadores do elenco do Akhmat Grozny decidiram o mesmo. Sair da Chechênia, onde está localizada a equipe e viajar para a América do Sul enquanto durar a pandemia de coronavírus.

“A gente sabe que a situação no Brasil não está tranquila, mas pelo menos é a nossa casa, se acontecer alguma coisa estaremos perto das nossas famílias. Aqui [em Grozny, cidade em que é a sede da equipe]. Estamos sozinhos. O clube nos dispensou durante todo o mês de abril para só voltarmos no início de maio, no mínimo”, explica Vizeu.

Ele está em Grozny com a mulher, a filha de dez meses e a babá.

É situação parecida a dos meias Ismael e Ravanelli.

“Há o Rodolfo [auxiliar técnico] também. Aqui está tudo, tudo parado. Estamos isolados, o que é a recomendação do governo, mas não é seguro nem sair em uma emergência porque tem toque de recolher. Se a polícia ver que você está na rua depois das 19 horas, já era. Como vai explicar que é uma situação de emergência? O ideal realmente era estar no Brasil até passar essa situação toda”, concorda Ravanelli, que está no Akhmat Grozny desde 2017, quando saiu da Ponte Preta.

Os brasileiros na cidade descobriram que há outros em Moscou que também desejam voltar e começaram a busca por um caminho viável. No momento, não há.

O futebol na Rússia foi interrompido em 17 de março. A data prevista inicialmente de para retorno era 10 de abril, mas as autoridades logo perceberam isso não seria possível. Os jogadores continuaram com os treinos, mas em 29 de março o elenco do Akhmat Grozny foi avisado de que não precisava ir mais ao clube até 2 de maio. Na última semana, a Federação decidiu que os torneios não voltarão pelo menos até 31 de maio.

Ravanelli, Vizeu, Ismael e Rodolfo tentaram comprar passagens pelos métodos normais e com a ajuda de agentes de turismo, sem sucesso. Não havia voos. Em 30 de março, a Rússia fechou suas fronte

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