Acordo cedo, quase todos os dias, a tempo de ver o belÃssimo amanhecer, uma renovação de esperança de que o mundo ficará melhor. Não podemos nos desanimar, deixar de sonhar. A vida é sonho.
Muitas pessoas estão cansadas de ficar em casa e de escutar as orientações dos especialistas. Pior, perderam o medo do vÃrus. Além da irresponsabilidade, é o narcisismo de achar que é poderoso e forte, que nunca terá as formas graves da doença e que quem morre são os outros.
As escolas de samba do Rio de Janeiro avisaram que Carnaval só com vacina, aprovada e segura. Possuem mais bom senso que os dirigentes de futebol do Rio, que tinham programado a volta do futebol, com torcida, para julho. Perceberam o absurdo e desistiram. Parabéns ao Fluminense, ao Botafogo e ao técnico Paulo Autuori, pelas posturas crÃticas.
Neste mês, sem torcida, recomeçam vários campeonatos estaduais. Em agosto, inicia o Brasileiro, em setembro, a Libertadores, e em outubro, as partidas da seleção pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Haverá sobreposição de datas dos estaduais e do Brasileiro. Querem tudo, sem abrir mão de nada. A justificativa é o protocolo, uma solução mágica. O protocolo é importantÃssimo, mas o vÃrus não segue o protocolo.
Nos últimos meses, as palavras que mais escutei foram protocolo, pico e platô. Alguns governantes exaltam o platô, mesmo com enorme número de mortos por dia.
Além da preguiça mental de buscar informações, é assustadora a capacidade de muitas pessoas, nas mais variadas atividades, de complicar, confundir e dar mais importância a futilidades e picuinhas, do que cuidar do que é essencial.
Como será a vida e o futebol após a vacina?
Os otimistas, crédulos, dizem que tudo será melhor, que o ser humano vai ficar mais generoso e solidário. Já os incrédulos e pessimistas e/ou realistas falam que tudo ficará igual ou pior.
Será que, após a vacina, os torcedores que iam regularmente aos estádios e que na quare