Carlos Henrique de Souza, 41, é daqueles que lembram exatamente onde estavam há quase 18 anos, mais precisamente em 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil conquistou o pentacampeonato mundial.

“Nós assistimos [à final] na casa do meu cunhado com uma galera gigantesca, quase 50 pessoas. Eu lembro que eu peguei um sobrinho meu, saímos com o carro, a bandeira para fora, tinha uma corneta também, fizemos uma grande festa. Depois voltamos para lá, rolou churrasco, cerveja. A galera toda concentrada”, conta Carlos, à Folha.

O futebol é parte importante na vida do executivo de vendas. Pai de atleta e apaixonado pelo jogo, sua memória futebolística, inclusive, mostra estar mais afiada do que algumas outras lembranças, digamos, do universo extra-campo.

“A gente já era casado em 2002 né, Rê?”, pergunta à esposa Renata, 43, que o acompanha há quase duas décadas na loucura pelo futebol. “Se eu não souber, aí eu me complico”, brinca.

Neste domingo (12), a TV Globo reprisou na íntegra a final da Copa do Mundo contra a Alemanha, vencida pela seleção brasileira por 2 a 0, com dois gols de Ronaldo.

Diante da impossibilidade de reunir, como foi em 2002, os familiares e amigos em razão da pandemia do novo coronavírus, Carlos aproveitou o isolamento para mostrar o jogo aos dois filhos, que ainda não eram nascidos na época do título e nunca assistiram à decisão daquele Mundial.

Gabriel, de 16 anos, e Lucas, de 12, conhecem alguns dos jogadores campeões com Felipão somente pelas histórias que o pai conta ou de vídeos da internet. Ambos viram os dois Ronaldos, Fenômeno e Gaúcho, já no encerramento de suas carreiras, mas sabem pouco sobre o auge da dupla, especialmente o do camisa 9, artilheiro e principal figura –ao lado de Rivaldo– do pentacampeonato.

“Tinha o Roberto Carlos em uma lateral, o Cafu do outro lado. Marcão pegando bem pra caramba no Palmeiras, o Rivaldo também em uma fase incrível. E o Ronaldo, mesmo baleado, era fenômeno. O gordo era embaçado. Se ele jogasse hoje, entraria na posição de qualquer um ali da seleção na frente. Dá uma saudade do caramba desses caras”, diz Carlos, que também aproveitou para recordar seus ídolos e reviver as lembranças daquela equipe.

Ele, assim como muitos brasileiros, estava desconfiado do time de Felipão antes do início do Mundial. O Brasil se classificou para a Copa do Mundo em terceiro nas eliminatórias, atrás de Argentina e Equador. Na Copa América de 2001, a seleção foi eliminada nas quartas de final por Honduras.

Para Carlos, o jogo que trouxe maior confiança aos torcedores e à própria seleção brasileira foi a vitória contra a Inglaterra nas quartas de final. Depois de vencer Turquia, China, Costa Rica e Bélgica, os ingleses foram considerados o primeiro grande desafio brasileiro no Mundial da Coreia do Sul e do Japão.

“O Brasil leva um gol em uma falha do Lúcio.

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