Uma cena chamava a atenção na última quarta-feira (12), na região de Campo de Ourique, em Lisboa. Na esquina de sua principal praça, uma bandeira do Paris Saint-Germain (PSG) tremulava em uma das varandas.

Não era exclusividade apenas do tradicional bairro da comunidade francesa, no entanto. Ao redor da capital portuguesa, elas estavam por todo canto.

Em uma Champions League esvaziada pela pandemia e sem público nos estádios, PSG e Neymar viraram as grandes histórias da competição nas ruas da cidade. O Bayern, sensação em campo após o histórico 8 a 2 contra o Barcelona, não tem o mesmo apelo fora dele.

Após a virada do time francês por 2 a 1 contra a Atalanta nos acréscimos, cerca de 300 torcedores da equipe se deslocaram até o seu quartel-general, o hotel Myriad, perto da meia-noite, para aguardar a volta dos atletas e celebrar a classificação.

Deixando de lado qualquer orientação para evitar aglomerações, a festa teve direito a cartazes dedicados a Neymar e sinalizadores.

Foi o mais próximo que se viu de clima de arquibancada durante as quartas de final. As imagens prometem se repetir caso o PSG bata o RB Leipzig nesta terça-feira (18), no estádio da Luz, e alcance a final da Champions pela primeira vez em sua história.

As cenas não chegam a surpreender completamente. Com a ausência do craque português Cristiano Ronaldo e a passagem relâmpago —e traumática— do argentino Lionel Messi pela cidade, os holofotes recaíram todos sobre Neymar e o seu sonho de conquistar o título europeu como protagonista.

A atuação do atacante contra a Atalanta desencadeou, inclusive, discussões em torno do prêmio de melhor do mundo da Fifa no horário nobre da televisão local.

Não será por falta de apoio que ele ficará pelo caminho dessa vez. Os franceses estão entre os maiores grupos de estrangeiros residentes em Portugal, com 23.125 mil cidadãos registrados em 2019, segundo dados do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras).

“Se os jogos fossem abertos, não tenho dúvida de que o PSG seria o time mais português nesta Champions”, afirma o ex-meia Valdo, primeiro brasileiro a carregar a camisa 10 dos parisienses e que mora em Lisboa.

“Existe uma influência portuguesa muito forte em Paris. Quase um milhão de portugueses vivem lá, são doidos pelo PSG e têm uma conexão muito forte com a cidade por causa de seus antepassados que iniciaram essa rota. E o mesmo se vê agora por aqui, com a presença imensa de franceses e a língua sendo falada por todo lugar”, completa.

Atual treinador da seleção do Congo, Valdo teve acesso privilegiado à “bolha” que o PSG criou em Portugal para proteger sua delegação do coronavírus.

Na semana passada, a convite do clube, ele acompanho

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