Depois de 23 mil mortes causadas pela Covid-19, todo debate é menor. Por isso, em nome do Corinthians, manifesto antes nossa solidariedade a cada brasileiro afetado por doença, luto, ou prejuÃzo profissional. Tudo isso importa.
E é legÃtimo que o futebol âcomo qualquer setorâ procure saÃdas junto ao governo federal e a seus respectivos estados, prefeituras e federações, a fim de impedir um aprofundamento da crise na atividade. à preocupante, porém, que o Brasil viva um cenário muito diferente daqueles paÃses que retomam suas ligas.
A queda de receitas já obrigou muitos clubes a executar cortes e demissões. O Corinthians tem adotado medidas de austeridade, como a redução temporária de salários e jornada, apoiada na MP 936. Fazemos e refazemos as contas diariamente, mas somos realistas: trata-se da pior epidemia no paÃs nos últimos cem anos, e nenhuma atividade econômica sairá dessa sem transformações inevitáveis.
No Corinthians, não será diferente. O que não muda é o nosso compromisso com um futebol forte como carro-chefe e a parte social como tradição, e é para isso que estamos trabalhando. Como também vemos o clube como um veÃculo capaz de impactar mais de 30 milhões de torcedores via mÃdias digitais, levamos informação útil e iniciativas solidárias, com o sonho de terminar a pandemia sem nenhum torcedor a menos.
Somos testemunhas dos elogiáveis esforços da CBF, da Federação Paulista de Futebol e de outros clubes. Mas é preciso repensar, de forma ampla, o papel do futebol e sua influência nesse jogo.
Na Alemanha, houve diálogo intenso entre todos os agentes polÃticos e esportivos, e um princÃpio foi claro para a Bundesliga: o futebol não pode