A miséria vai unir o futebol brasileiro.
A frase saiu da boca de um dirigente de clube da Série A do Campeonato Brasileiro. Em meio à crise, os jogadores rejeitaram a proposta de férias coletivas, seguidas por 25% de redução salarial até que o coronavÃrus seja vencido.
Internamente, a CBF deixou claro que não será avalista dos salários, porque seriam 4.700 contratos. As três partes, assim separadas, evidenciam a falta de unidade e de liderança do futebol brasileiro.
Os clubes da Itália têm dÃvida acumulada de 2,5 bilhões de euros, e a miséria não os une. Há hoje uma divisão entre os que desejam a conclusão das partidas da temporada 2019/20 e os que entendem que não há condição de continuar jogando depois da peste.
Os miseráveis discordam entre si, e os sem miséria também decidiram bater boca publicamente. Na segunda-feira, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, declarou que pode ser o caso de ter menos torneios, com menos jogos, e contextualizou com a possÃvel falta de investimento depois da crise.
O presidente da liga espanhola, Javier Tebas, respondeu imediatamente e disse que se deve logo cortar as datas Fifa e os Mundiais de Clubes, partidas sem interesse, na sua opinião.
A primeira impressão é de que Tebas não leu a entrevista inteira de Infantino. Porque, incrivelmente, o presidente da Fifa falava sobre o contexto atual e o preparo para o pior cenário futuro.
Não que Infantino seja um estadista do esporte. Não há isso no mundo, hoje, como demonstrou a demora do COI para anunciar o adiamento da OlimpÃada. Mas ele contextualizou o que disse. Também falou sobre ter, no futuro, 50 candidatos ao tÃtulo mundial, e não apenas oito seleções europeias e duas sul-americanas.
Há uma confusão sobre o que significam as datas Fifa. Não são os amistosos inexpressivos. Todas as datas de seleções, eliminatórias da Copa, da Eurocopa, da Liga das Nações, tudo isso é disputado em datas Fifa.
à possÃvel diminuir, mas sempre será importante olhar o co