Atleta da seleção brasileira de goalball, Leomon Moreno, 26, se casou em 14 de março com Milena Nogueira, 21, jogadora da mesma modalidade.

Os dois sabiam que a lua de mel teria de esperar. Dias depois, ele viajaria para participar de um evento-teste antes da Paraolimpíada de Tóquio, até então marcada para começar em 25 de agosto.

Na sequência, o estado de São Paulo entrou em quarentena por causa da pandemia da Covid-19, os Jogos Paraolímpicos foram adiados para 2021 e o evento-teste, cancelado. A lua de mel do casal, que teria de esperar, completa quatro meses nesta terça-feira (14).

Goalball é um esporte praticado por pessoas com deficiência visual. Cada equipe tem três jogadores titulares e três reservas, e o objetivo é arremessar a bola com as mãos para fazer gols. Para igualar a condição dos atletas, todos atuam com vendas sobre os olhos. A percepção da bola, que tem guizos, é feita pela audição. As linhas na quadra estimulam o tato para facilitar o senso de localização.

Leomon e Milena são atletas do Santos. Ele é um dos principais nomes brasileiros da modalidade e vai, em 2021, para a sua terceira Paraolimpíada. Foi prata em Londres-2012 e bronze no Rio-2016. Ela busca seu lugar na seleção brasileira.

“As dicas dele são importantes. Eu deixo o lado marido e mulher e me espelho nele como atleta”, afirma Milena.

Os dois passaram um mês em São Miguel Arcanjo (a 190 km de São Paulo), terra natal dela e onde aconteceu o casamento. Depois foram para Brasília, local de nascimento de Leomon, e estão perto de Riacho Fundo II, região administrativa do Distrito Federal. É para lá que podem escapar nos fins de semana para um sítio da família.

Serve para ele ter contato com outra de suas paixões: montar a cavalo. “Quando comecei a ganhar dinheiro com esporte, consegui ter meu primeiro animal, e a paixão só cresceu. Hoje em dia tenho cinco. Quase todo fim de semana vamos para um sítio, assamos uma carne, damos uma volta com os animais. Vamos para o rio, tomamos banho e voltamos”, conta.

Isolados, resta a Leomon e Milena treinarem juntos, um impulsionando o outro, como ele gosta de dizer.

O casal reconhece que as atividades em casa não se igualam, na quantidade de horas e na intensidade, às que faziam antes da pandemia. Mas o goalball tem uma vantagem nesse caso, em relação a outros esportes.

“A intensidade muda bastante, e não é a mesma coisa [treinar em casa]. Mas, por causa da deficiência visual, o goalball obriga que você dependa muito da memória corporal. Se mantiver o corpo reali

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