Jesualdo Ferreira, 73, e Vanderlei Luxemburgo, 67, não eram os nomes planejados por Santos e Palmeiras para a atual temporada. Em dezembro, os rivais tinham outro treinador como sonho em comum: Jorge Sampaoli.

“Fico lisonjeado, mostra que o Santos fez escola”, alfinetou o presidente do clube, José Carlos Peres, à época.

Era uma mensagem direcionada ao rival na disputa pelo treinador argentino. No fim, nem o time alvinegro conseguiu mantê-lo, nem o alviverde contratá-lo.

Quase dois meses depois das contratações de seus novos técnicos, as duas equipes jogam neste sábado (29), às 16h (pay-per-view), no Pacaembu, pela oitava rodada do Campeonato Paulista, em momentos distintos.

Escolha santista, o português Jesualdo luta contra uma demissão precoce, enquanto Luxemburgo está tranquilo em sua quinta passagem pelo Palmeiras.

Jesualdo chegou ao Santos pela fama de estudioso do futebol e teve aceito pela diretoria todos os seus pedidos: pouco mais de R$ 1 milhão para dividir com cinco profissionais de sua confiança, auxílio-moradia para todos, carros alugados pelo clube e a garantia de respaldo para mudar de país e iniciar uma nova empreitada.

“Tenho plena certeza de que estão todos se apaixonando por ele, mas precisamos do apoio de todos. Há um tempo de adaptação”, disse Peres na apresentação do novo treinador.

A lua de mel entre diretoria e treinador se rompeu rapidamente, mesmo com a liderança do Grupo A do Paulista, devido a um início pouco empolgante do time no Campeonato Paulista: três vitórias, dois empates e duas derrotas.

Mais determinante que isso, um futebol engessado e bem distante da fluidez ofensiva apresentada sob o comando de Sampaoli.

Entre os grandes, o Santos é o time que menos finalizou até aqui no Estadual, 78 vezes, contra 130 do Palmeiras. Nas sete partidas iniciais do último ano, o time tinha finalizado 122 vezes, de acordo com dados do site Footstats.

“Você está falando do Sampaoli durante um ano? Só tenho 15 dias, dois jogos”, rebateu o treinador após a vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, em 30 de janeiro. “Como você quer jogar com intensidade em dois jogos?”, completou.

Jesualdo, agora, é questionado inclusive internamente por suas escolhas táticas e por supostamente ter uma metodologia de trabalho pouco atualizada. Ele proibiu, por exemplo, o consumo de macarrão antes dos jogos e de água durante os aquecimentos para evitar que pesassem no estômago. Jogadores criticam sessões de corrida consideradas exaustivas.

“Se forem dadas condições de trabalho, o Jesualdo vai dar resultado. Falam da idade, dos métodos, mas o seu histórico é sustentado por competência e profissionalismo, por ser um exímio professor. A pressão é um casamento que fazemos quando aceitamos um desafio assim”, diz à Folha o ex-meio-campista do Benfica e da seleção portuguesa Toni, com quem Jesualdo começou a carreira como auxiliar.

A equipe precisou lidar

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