Quando o São Paulo Futebol Clube completou 80 anos de vida, em 25 de janeiro de 2010, havia acabado de conquistar um tricampeonato brasileiro consecutivo e ainda celebrava a glória recente de seu terceiro título da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa.

O Morumbi, motivo de orgulho, era apontado como o estádio da capital paulista que serviria de sede para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

De lá para cá, porém, o São Paulo envelheceu mal e chega aos 90 anos, completados neste sábado (25), sem muito o que celebrar, dentro ou fora de campo.

O Cícero Pompeu de Toledo, que também completa neste sábado meio século da finalização de suas obras, perdeu seu lugar no Mundial para a Arena Corinthians, casa então recém-inaugurada do rival. O Palmeiras também ergueu em 2014 sua própria arena moderna.

Mesmo com reformas pontuais (total de 15, de 2010 a 2019, segundo o clube), a Copa América do ano passado, realizada no país, mostrou que a “casa sacrossanta” –como dizia o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio– está obsoleta e enfrenta dificuldades para abrigar um evento desse porte.

As salas de imprensa, por exemplo, foram todas improvisadas em tendas desmontáveis do lado de fora da estrutura projetada pelo arquiteto Vilanova Artigas, celebrada como um ícone brutalista da chamada Escola Paulista, que também consagrou Paulo Mendes da Rocha.

Dentro de campo, o período recente da história tricolor, escasso em conquistas, remete às suas piores décadas.

Com apenas um título nos últimos dez anos, a Copa Sul-Americana de 2012, o São Paulo repete a seca de taças dos anos 1930, quando também gritou “é campeão!” uma única vez, no Campeonato Paulista de 1931. Foi vencer o Estadual novamente somente em 1943.

Nessa época, o jovem São Paulo Futebol Clube ainda tentava se consolidar como uma força do estado. Corinthians, Santos e Palmeiras já tinham seu espaço há pelo menos 15 anos no futebol paulista.

Em 1935, o clube tricolor, passando por dificuldades administrativas, suspendeu suas atividades temporariamente no segundo semestre. Em 16 de dezembro, às 20h, na Rua 11 de Agosto, foi iniciada a assembleia que trataria de refundar e reerguer o São Paulo, que nas décadas seguintes se consolidaria, de fato, como um grande, com sete títulos paulistas de 1943 a 1957.

Os anos 1960, marcados pela inauguração do Morumbi e portanto de austeridade nos investimentos esportivos em virtude dos gastos com o estádio, foi o período no qual os são-paulinos amargaram o que é até hoje a maior fila de sua história. A seca de 13 anos sem taças só terminou com a conquista do Estadual de 1970.

A partir dali, a sequência marcou a afirmação do São Paulo como força nacional,

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